AMULETOS
O ceticismo absoluto é impossível.
Evitar gatos pretos, não passar debaixo de escadas, carregar patuás ou amuletos etc são evitáveis ao homem na razão direta de seu processo evolutivo.
Creditar a deuses ou diabos as vitórias, sortes, derrotas e azares não é somente um comodismo confortante, mas sobretudo, uma injustiça consigo próprio.
Contudo, evidencia a história, as supertições têm acompanhado a humanidade pelas civilizações afora, com variantes que tangenciam, por vezes, o hilariante e inimaginável. Contam os mais antigos, seriam bem sucedidos ao longo de suas vidas, aqueles que carregassem um amuleto feito,nada mais, nada menos, com um pedaço de seus cordões umbilicais secos, envolvidos numa bolsinha, presa por um cordão ao pescoço!
Outras tantas e tantas - todos nós já ouvimos, vemos seu uso e crença em seus preconizados poderes...
Confesso que ambidestro na infância, hesitava sempre ao acordar, se deveria levantar-me pelo lado direito ou esquerdo para começar um bom dia! De qualquer sorte, duvidarmos de tudo, simples e compulsoriamente, é impossível.
Substituímos, pouco a pouco, os objetos-alvo de nossa medíocre e absurdas supertições: o pé-de-coelho  pela ferradura, ou pelo galho de arruda etc
Até que possamos definitivamente encontrar dentro de nós, a crença  firme e incontestável de que o "sucesso" só vem antes do "trabalho" nos dicionários.
Que os amuletos imprescindíveis e infalíveis são o esforço, a dedicação, a inteligência, a persistência, a humildade...sem nunca abrir mão da fé inabalável em si próprio e que tudo será sempre possível.
 
Tecelão de Fantasias
Enviado por Tecelão de Fantasias em 13/10/2008
Código do texto: T1225649
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