Cobras e cobras

COBRAS E COBRAS

Outro dia, eu estava lendo um capítulo da Bíblia – em Apocalipse –, que falava (entre outras coisas) em pisar na cabeça da serpente infernal e, relacionei essa leitura, com a questão de vencer as mazelas da vida.

É interessante conviver neste universo, muitas vezes, constituído de tanta maldade. Creio que, de um modo geral, todos nós já passamos por situações em que tivemos de lidar com pessoas que são que nem cobras: umas sutis e delicadas, que se aproximam devagar e, sem que percebamos, aprontam para tentarem nos destruir; outras dão o bote e ficam de longe, observando a dor e o estrago que causaram. Há também aquelas que tentam se sobressaírem, mas não conseguem. Então podemos perceber que elas estão em toda parte, mas disfarçadas por pessoas, que ainda não aprenderam a conviver em sociedade, sem sentirem inveja do próximo.

Na verdade, seria bom se pudéssemos ajudá-las a serem mais humanas.

De acordo com o aprendizado, desde a infância, nos foi ensinado que devemos aprender a conviver com as pessoas, olhando-as como seres humanos. No entanto, o problema é que tem certo tipo de gente que parece ser cobra mesmo! Parece até que quanto mais fazemos o bem, mas recebemos ingratidão e maldade (por parte dessas pessoas).

Ainda bem que, por outro lado, há aquelas pessoas que nos fazem o bem, sem ao menos nos conhecer direito; e fazem de coração. Muitas vezes, percebemos que nas voltas que o mundo dá é preciso que estas pessoas passem por determinadas situações (conflituosas) para tomarem consciência do estrago que já ocasionaram na vida dos outros.

Tudo isso faz parte do processo histórico e social em que, nos caminhos da vida, é culturalmente construído. Podemos dizer que, temos nossas peculiaridades próprias, e o que nos difere uns dos outros é nossa conduta, percebida através das nossas ações cotidianas.

Deste modo, devemos ter o cuidado de nos policiarmos nos gestos, palavras e ações, e nos esforçarmos, para termos uma boa convivência social. Não somos perfeitos, mas podemos melhorar nas pequenas coisas e contribuirmos para que haja mais calor humano entre as pessoas, ao invés de veneno, priorizando assim, a vida e não a morte.

Porque atitudes venenosas são castradoras de sonhos e propiciam percas e/ou frustrações, enquanto que o calor humano, enaltece, alivia a dor e torna a vida mais saudável.

Por fim, desde os primórdios, a serpente carrega o estigma da traição, do pecado e da morte. Desta forma, podemos perceber que não é vantajoso para ninguém ser sinal de queda na vida dos outros.

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 13/10/2008
Reeditado em 14/09/2022
Código do texto: T1225534
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