O dia e a opressão
O dia de hoje é lembrado como o dia daqueles que carregam a alegria e a euforia dos tempos de criança. Tantos são os dias comemorativos existentes no calendário, muitos deles acompanhados de um feriado.
Porém se analisarmos mais friamente a situação, percebemos que somente os oprimidos possuem um dia no calendário em sua comemoração, como o dia da mulher, do idoso, das crianças e até mesmo de “quase” heróis como Tiradentes.
A situação existe para fingirmos que essas classes sejam bem atendidas pelo estado e pela população. Uma criança no Brasil não possui as mínimas condições para um desenvolvimento completo, é inexistente a oportunidade de leitura no país, praticamente não existem bibliotecas. Acontece para os idosos com a falta de organização na previdência e com as mulheres que vivem em uma sociedade essencialmente voltada para os homens, e como não possuíam acesso a leitura na infância, acabam por aceitarem a situação.
Os “quase” heróis são eternizados por algo que não participaram com efetividade. O “herói” Tiradentes era apenas um coadjuvante no grupo que tentava a libertação no Brasil, porém por ser de origem humilde, acabou por sofrer as conseqüências de um grupo que se corrompeu por interesses individuais, como acontece até hoje no país.
Portanto os dias comemorativos aparecem como farsas e ilusões para fingirmos que somos um país de verdade.