Era feliz e não sabia
O nome dessa música de Ataulfo Alves é "meus tempos de criança" , mas a frase final é tão boa que o título deveria ser esse.
"...Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia"
Algumas vezes há apenas uma tênue diferença, imperceptível para quem está ocupado em viver, como nós.
Deveria haver um sinal qualquer, talvez uma placa como essa aí da rua, um outdoor como aquele do filme do Steve Martin, um fotógrafo onipresente que nos dissesse com todo ânimo : cheeeese! Sorria que tristeza não paga dívida! ou algo assim. Geralmente não há e isso nos deixa ao sabor de algo que é muito frágil : a nossa própria (in)capacidade de discernir se o que estamos fazendo está ou não nos ajudando a sermos felizes.
Rir ou chorar é diferente, o impulso incontrolável vem de outra dimensão muito mais espontânea e natural e não precisamos de cócegas ou beliscões.
Nós, inteligentes, cultos mas burros "quenem uma porta" como se diz no interior, nos achamos tão importantes que não temos tempo prá felicidade disfarçada em dia-a-dia.
E é nesses sinais invisíveis, nesses luminosos apagados, nesssas placas ilegíveis, pequenas coisas a que se dá também o nome de vida que devemos ficar atentos, prá não perder nenhuma oportunidade de ser feliz.
Só um complemento: quando escreví esse texto, quiz acreditar que se referia a pessoas e não a governos ou países, mas o que está acontecendo no mundo (e no Brasil) parece que vale para estes também.
O nome dessa música de Ataulfo Alves é "meus tempos de criança" , mas a frase final é tão boa que o título deveria ser esse.
"...Eu igual a toda meninada
Quanta travessura que eu fazia
Jogo de botões sobre a calçada
Eu era feliz e não sabia"
Algumas vezes há apenas uma tênue diferença, imperceptível para quem está ocupado em viver, como nós.
Deveria haver um sinal qualquer, talvez uma placa como essa aí da rua, um outdoor como aquele do filme do Steve Martin, um fotógrafo onipresente que nos dissesse com todo ânimo : cheeeese! Sorria que tristeza não paga dívida! ou algo assim. Geralmente não há e isso nos deixa ao sabor de algo que é muito frágil : a nossa própria (in)capacidade de discernir se o que estamos fazendo está ou não nos ajudando a sermos felizes.
Rir ou chorar é diferente, o impulso incontrolável vem de outra dimensão muito mais espontânea e natural e não precisamos de cócegas ou beliscões.
Nós, inteligentes, cultos mas burros "quenem uma porta" como se diz no interior, nos achamos tão importantes que não temos tempo prá felicidade disfarçada em dia-a-dia.
E é nesses sinais invisíveis, nesses luminosos apagados, nesssas placas ilegíveis, pequenas coisas a que se dá também o nome de vida que devemos ficar atentos, prá não perder nenhuma oportunidade de ser feliz.
Só um complemento: quando escreví esse texto, quiz acreditar que se referia a pessoas e não a governos ou países, mas o que está acontecendo no mundo (e no Brasil) parece que vale para estes também.