A IMPORTÂNCIA DE LER OS CLÁSSICOS DA LITERATURA_ 1ª PARTE

Como perceber amigo e leitor do Recanto das Letras, o prazer de ter em mãos, um livro, que marcou gerações de leitores? Este questionamento é muito oportuno para uma geração, a qual se confronta com a tecnologia da mídia, modernizando a cada dia, e revelando aos seus críticos, além da superficialidade em que está inserida, a velocidade das suas mudanças que parece encurtar o tempo e o espaço.

É bom sabermos do deslumbramento do poeta mineiro, nascido em Itabira, Carlos Drummond de Andrade, ao mergulhar na leitura do autor inglês Daniel Defoe, através da sua abordagem literária feita de um trágico naufrágio, em que a personagem de Robinson Crusoé, precisa reelaborar toda a sua vida ao encontrar-se sozinho em uma ilha deserta, sem os recursos de seu mundo civilizado. Já, a escritora Clarice Lispector mostrou a grande Felicidade Clandestina, que foi o seu contato, com a leitura de Reinações de Narizinho de Monteiro Lobato.

O escritor italiano Ítalo Calvino, em seu livro; "Por que ler os clássicos", demonstra que a análise feita com a visão pessoal das nossas primeiras experiências de leituras, está apontando uma solução para os pais e educadores, que querem cultivar em seus filhos e alunos, o prazer de iniciar desde cedo à leitura dos clássicos.

Caros leitores, clássicos como; "A Ilíada e a Odisséia" de Homero, ainda pulsa como uma artéria, levando o sangue bom para irrigar as células, e assim, aumentar a capacidade de milhões de neurônios, que parecem carregar as palavras através do cérebro, fixando-as na memória do apaixonado leitor!

Platão (427-347 ªC) deixou um comentário significativo, para a posteridade ao escrever: “A Odisséia lançou os fundamentos da educação da Grécia". É evidente, que para compreender os versos da Ilíada, é preciso conhecer a mitologia da qual saíram deuses, aqueus e troianos, pois senão, pensaremos que o épico de Homero é uma seqüência de carnificina sem sentido algum.

Há também que se fazer a leitura dos livros, que trazem as aventuras dos cavaleiros da Távola Redonda, do rei Artur, e do mago Merlim,os quais muitas vezes, irão confundir em nossa imaginação, ao se moverem pelos intrincados e escuros caminhos repletos de fadas, duendes, feiticeiras, gnomos, elfos, anões, entes, dragões, magos, sábios, ogros, trolls, todos morando camuflados nas extensas florestas misteriosas da Bretanha, a espera de mais um autor escrever mais uma aventura, nas folhas esbranquiçadas de papel, para logo após tornar-se um livro!