Resumo do Dia: Fala sério!

Novela, Esfihas, Eleições, Bilhetes, Bêbados e Urubus: Fala sério!

DVD que salvaria vida de Donatela não tem cópia

A pseudo-mocinha da novela da Globo “A Favorita” tem em suas mãos um DVD que a libertaria das acusações, já que a verdadeira culpada apareceria no vídeo. Acontece que a luz é desligada e o DVD é surripiado, livrando Flora. Fala sério: qualquer pessoa que tem uma mídia com informações importantes faz “backup”, que dirá se contém algo de “vida ou morte”. Então tá: a trama que começou muito bem elaborada, foi adquirindo o padrão Globo de mesmice. Fala sério!

Libaneses querem patentear esfiha e quibe

Segundo a “Estilo Uol” o presidente da Associação das Indústrias do Líbano, Fadi Abboud, afirmou que pretende iniciar uma batalha jurídica para impedir que companhias internacionais comercializem pratos com nomes tradicionais da cozinha libanesa como quibe, esfiha e falafel. E Abboud acrescenta: "queremos provar que esses pratos são reconhecidamente libaneses, e essas empresas estão infringindo leis de direitos de origem ao usar estes nomes”.

Segundo a Uol, o libanês diz que a estratégia para levar o caso aos tribunais internacionais é registrar os ingredientes e as receitas dos pratos disputados junto ao governo do Líbano e que autoridades libanesas, por sua vez, acionariam a União Européia em um primeiro passo para a disputa ser reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fala sério: feijão com arroz, virado à paulista, feijoada e outros pratos também vão ser patenteados? Recentemente, a revista “Isto é” registrou reportagem com “chefs” querendo patentear suas “criações”. Então tá: é preciso maior cuidado antes de se ferver o leite, porque a “Pasteur Inc.” pode querer cobrar “royalties” sobre isso. Fala sério!

Sem registro de candidatura, filho de Lula recorre à Justiça para saber número de votos

A Folha Online informou que “a Justiça Eleitoral não divulgou os votos recebidos pelos candidatos que tiveram registro indeferido mas que estão com recursos pendentes de julgamento. Segundo a legislação eleitoral, esses votos são considerados nulos e sua validade ficará condicionada à obtenção do registro. Por isso, candidatos que estão nesta situação aparecem com zero votos na apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) --o que não quer dizer que o concorrente não recebeu nenhum voto mas apenas que não foram divulgados. Esse é o caso do candidato a vereador de São Bernardo Marcos Cláudio Lula da Silva (PT), que teve seu registro negado pela Justiça Eleitoral por ser filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Constituição, são inelegíveis, no território de jurisdição do titular do cargo, os parentes de presidente da República, governador e prefeito, a menos que já seja titular do mandato e candidato à reeleição.”

Fala sério: como é que um sujeito, que pela Constituição é inelegível tem um “número de candidato”? Então tá: nas próximas eleições vamos “criar” candidaturas de todos os presidiários desse país. Isso só vai acrescer ao volume de candidatos que deveriam estar na cadeia. Fala sério!

Grupo furta R$ 160 mil de banco e deixa bilhete

O “Terra” reportou que “um grupo invadiu, na madrugada de segunda-feira, uma agência bancária de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e furtou R$ 160 mil. No local, os ladrões deixaram um bilhete afirmando que não usaram armas na ação.

Um funcionário do banco acionou a Polícia Militar na manhã de ontem quando percebeu um buraco no forro da agência. No cofre, segundo a polícia, foram encontradas duas lanternas, uma marreta, chaves de fenda e dois pés de cabra.

Além dos utensílios, policiais encontraram um bilhete, deixado pelos ladrões antes da fuga, com a mensagem: "cem arma, cem drogas, cem violência. Agradecemos a preferencia e acima de tudo nossa persistencia. É nóis (sic)".

Fala sério: os “cem” educação, os “cem-vergonha” sabem escrever “persistencia”. Então tá: quem sabe alguns que estejam saindo de cargos eletivos neste ano deixem algum bilhete para a população. Fala sério!

Google lança filtro antibêbado para o GMail

O “Estadão” destacou a seguinte notícia: ““Mail Goggles exige que usuário resolva operações matemáticas antes de enviar mensagens

O Google anunciou o lançamento de um aplicativo para GMail chamado Mail Goggles, uma espécie de filtro antibêbado, que impede que alguém envie e-mails caso não esteja 100% sóbrio.

De acordo com o blog oficial da equipe do GMail, o Mail Goggles tem a capacidade de checar se você realmente quer enviar o e-mail que escreveu.

O aplicativo exige que o usuário solucione corretamente uma série de operações matemáticas, em tempo limitado. Caso uma das respostas esteja errada, o e-mail não é enviado.

'O usuário pode definir a dificuldade das operações e os dias e horários em que a verificação é ativada automaticamente. Por padrão, o software funciona nos finais de semana à noite, "já que é a hora em que você provavelmente mais vai precisar", de acordo com o desenvolvedor do Mail Goggles, Jonh Perlow.””

Fala sério: quer dizer que algumas pessoas têm usado a desculpa ao escreverem asneiras "porque estavam bêbadas"? Então tá: depois do bafômetro para dirigir, vem aí o bafômetro para escrever. Fala sério!

Colisão com urubu provocou pouso de emergência de avião

Já a “Globo.com” reportou que “A assessoria de imprensa da companhia aérea Korean Air confirmou na tarde desta terça-feira (7) que um urubu se chocou contra a turbina direita de um avião da empresa, obrigando o piloto a fazer um pouso de emergência no Aeroporto de Cumbica, na Grande São Paulo. De acordo com a Korean Air, todos os 138 passageiros estão bem.

O avião aterrissou às 14h33 desta terça, 45 minutos depois de ter decolado do mesmo terminal com destino a Seul. Assim que percebeu o problema, o piloto jogou combustível em excesso no oceano e voltou para Cumbica. Segundo a Infraero, o pouso foi realizado sem problemas.

O avião faria uma escala em Los Angeles e depois seguiria para Seul. A assessoria de imprensa da companhia aérea informou que estava tentando ainda nesta terça-feira (7) conseguir vôo para os passageiros que insistissem em viajar. Os que quisessem teriam direito a acomodação em hotéis de São Paulo. Segundo a Korean Air, os vôos para Seul partem três vezes por semana e o próximo só será na quinta-feira (9).

Fala sério: primeiro são os prédios no entorno dos aeroportos que estão atrapalhando, depois dizem que são as pistas, a seguir são os urubus. Então tá: nunca são as aeronaves com pilotos sob pressão e com equipamentos cheios de “gambiarras” (como freios travados) para maximizar os lucros. Fala sério!

Sem espaço nas grandes editoras, poetas buscam abrigo na internet bem como em pequenas casas editoriais e enfrentam problemas para divulgar sua arte

A “Bravo Online Abril” destacou que “Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, mestres da poesia brasileira e nomes-chave do movimento modernista, são apostas editoriais até hoje. Para o final deste ano, por exemplo, a editora Record projeta uma reunião de poemas sobre o Natal e a época de fim de ano assinados por Drummond. Segundo a diretora da Record, Luciana Villas Boas, investir em uma obra de Drummond é um ótimo negócio editorial, porque vende. E muito. Mas, no que se refere à edição de poetas inéditos, o cenário não é tão favorável: "O livro de poesia dificilmente vende quantidades expressivas, a ponto de justificar a publicação. Colocar no mercado nomes desconhecidos é praticamente impossível do ponto de vista econômico", explica Luciana.”

Pior: “Frederico Barbosa, poeta, editor de livros e diretor do centro cultural Casa das Rosas, de São Paulo, levanta a seguinte questão: ‘Ainda hoje, mais de 80% dos livros de poesia publicados são financiados pelo próprio autor. Algumas editoras até publicam, mas quem paga o investimento é o poeta. Isso é um grande mal, porque gera um problema de distribuição. A editora, que não financiou a obra, não paga para que seja distribuída’”.

Fala sério: Van Gogh, ainda hoje, não teria apoio nessa mentalidade mesquinha ainda presente, porque “colocar no mercado nomes desconhecidos é praticamente impossível DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO”.

Então tá: o autor para ser conhecido “para ser colocado no mercado” e “economicamente viável” poderá fazê-lo sendo candidato nas próximas eleições (de preferência inelegível), solicitando patente de prato culinário (pode dizer que inventou a Rabada, por exemplo), ou lançando urubus em aviões, talvez manuscrevendo bilhetes para assaltantes. E tem gente que ainda quer perguntar: “Onde estão os novos poetas”? Fala sério! (“É nóis!”)

Links:

http://bravonline.abril.uol.com.br/conteudo/assunto/assuntos_348907.shtml

http://estilo.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/10/07/ult3806u545.jhtm

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u453560.shtml

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3240162-EI5030,00-MS+grupo+furta+R+mil+de+banco+e+deixa+bilhete.html

http://www.estadao.com.br/tecnologia/not_tec255499,0.htm

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL789419-5605,00.html