JARGÕES.

Literalmente jargão é fraseologia peculiar de quem sabe para quem pode entender daquilo que se está falando – é simples assim.

Não obstante, observa-se, que não é bem o que acontece no dia-a-dia e quando um jargão cai boca do mundo vira princípio, é F...!

Quem já não ouviu falar, ou quem já não verbalizou velhos jargões?

Por exemplo:

“O pior cego é aquele que não quer enxergar”.

Na mais cruenta realidade quem mais sentencia essa equivocada silogismo é sempre um vidente, que fala com total desconhecimento de causa.

Convenhamos...!

Cego sonha em ver, e sonha vendo as maravilhas que acordado não lhe possível perceber, e ao acordar segue sonhando em ver o que só se realiza em seus sonhos - é algo complicado assim, ser cego... Isto é se, se for vidente, porque cego é descomplicado de todo, e vive apalpando!

Com a mais absoluta convicção eu contraponho o vulgar brocardo, em verdade: O pior cego é aquele que meio enxerga.

É aquele que não pode dar uma olha inteira, nem sob vara, é dizer, nem que o chefe lhe imponha a tarefa isso é algo absolutamente impossível, lhes asseguro, absolutamente impossível, de cadeira sei que é assim!

É aquele que na sua realidade vai pelos caminhos, meio que não vendo, e quando chega no fim ver claramente que está não meio, mais todo machucado – Literalmente!

É assim podem crer!

Sirvo-os um outro exemplo:

Hoje tô com um baita galo na testa – Fruto de uma meio olhada, o que acabou numa grande M...! Estava meio que vendo, ou meio que não vendo...

O fato é a P. da porta do armário tava no lugar errado e na hora errada, ou será que minha testa é que não devia ter se aproximado tanto da B. daquela porta...

Não deu outra foi mal a mira, e nfelizmente, hoje tive meus consagrados segundos de cegueira completa – O pior e que tive que me conter para não deixar os jargões nossos dessas horas soarem pelos quatro cantos do ambiente na repartição. Todo mundo ali, e eu com àquela coisa encarnada e quente na mão além do uma P. dor!

Que me segue até este momento, enfeitando minha testa esse protuberante galo; de tão grande se parece a um peru, eu disse peru, bem que dá ares o bicho, tá até roxo, horripilante é a situação!

Contudo, deixo essa crônica protestante.

Gosto de dizer-me meio cega, pois assim o sou, materialmente falando.

Se eu me titulasse meio vidente estaria abdicando de um trono...

Afinal ouço dizerem que quem tem um olho em terras de cego é rei!

Se existe a premissa eu, neste caso, é que não vou discutir com o povo... Quero nestes instantes somente que esse galo de Itu se dilua o quanto antes. Por que quem sabe, de repente aparece um rei, disposto a me elevar a categoria em rainha, ainda que assim meio que vendo meio que não vendo.

Em todo caso jargão é jargão... Sendo melhor uma meio cega, que ver outra vez, uma louca no trono!

Ai, ai, ai P. M. mais que dor dos sextos dos infernos, porque dos quintos deve doer bem menos, essa só sendo dos sextos em diante!

Caducha
Enviado por Caducha em 07/10/2008
Reeditado em 08/10/2008
Código do texto: T1216323
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