SEM CIDADÃOS
SEM CIDADÃOS
As palavras espúrias não encontram guarida nas incursões da mente. Refiro-me, aos comentários e aos contos de Roberto de Carvalho Rocha, diretor da Faculdade Christus. Dizer que os fortalezenses tentam fazer uma cidade sem cidadãos é egolatria. Repoltreado e tentando profligar o cidadão cearense, ele solta o verbo e ao final de suas insignes afirmações diz: “Fortaleza é uma cidade sem cidadãos. Ninguém cuida da aparência das praças, das árvores ressequidas e nunca podadas e adubadas. Deixem assim mesmo” dizem os assaltantes – “quanto mais escuro, melhor!”.
O mais hilariante é quando das suas críticas ele tenta se imiscuir e discriminar o próximo. O jornal O Povo em sua edição de 25/09/2008 estampa nas palavras do Sr. Roberto de Carvalho a ira que ele guarda em seu coração passando a discriminar a população cearense, como se ele fosse o único cidadão a integrar a sociedade alencarina. Será que ele ouviu as afirmações dos assaltantes ou ainda é revolta do tempo em que seu colégio foi assaltado? Somos seres imperfeitos e se afirmamos que Fortaleza não tem cidadãos, o diretor da Faculdade Christus, se insere no rol da capital sem este predicado. Que mancada professor! O colaborador comparece a mídia diz suas baboseiras, pedimos um espaço para resposta e nos é negado.
A mídia cearense seja ela qual for está repleta de nepotismo e de QI, mas este QI não é o fator que mede a inteligência humana, mas sim quem indica, pois o famigerado quem indica está transformando um jornal dantes respeitado numa verdadeira saraivada de coisa nenhuma. O leitor reclama diariamente dos erros contidos no matutino. Em todas as edições a errata convite com as notícias e manchetes. O copy desk faz falta em qualquer setor da mídia, mas como só querem arrecadar dispensam a figura do homem chave.
Aquele que fecha o jornal anotando todos os senões da redação. Carlos Rabbaça em seu grande dicionário de comunicação afirma que o Copy desk é o profissional a quem cabe rever os textos dos jornalistas, antes destes serem publicados. O objetivo é o de observar a sintaxe, ortografia e pontuação, adequando a linguagem aos padrões gramaticais e de comunicação.No desempenho da suas atividades, cabe a este profissional preocupar-se e efetuar correções ao nível da estrutura de frases, palavras mal redigidas, tempo e utilização de verbos. Faz igualmente parte das suas funções a uniformização de tudo o que diga respeito a números, abreviaturas, horas, siglas, caixa alta ou baixa.
Deverá alterar a pontuação sempre que se justifique retirar algumas muletas lingüísticas e repetições. Regras gerais – desempenha - esta função sozinho, a menos que as alterações a fazer sejam em quantidade superior ao normal, sendo então chamado o autor da peça ou editor, a fim de ser tomada uma decisão em relação a eventuais alterações no texto. Em termos de processo, assim que finaliza a sua peça jornalística, o jornalista envia o texto para o Copy desk que, depois da revisão, o enviará para o editor correspondente, para que este o possa analisar e avaliar de forma definitiva. Depois de paginado, este é novamente revisto, a fim de ser detectada alguma imprecisão que possa ter resultado da paginação, nomeadamente em relação a cortes ou acrescentamentos de textos, títulos e "leads".
Alunos de Comunicação Social (Jornalismo) os famosos focas não têm vez na mídia cearense. Queria cita que o Portal da Imprensa de São Paulo tem um espaço reservado somente para os acadêmicos de jornalismo. Afirmamos sempre que santo de cãs não obra milagre e por incrível que pareça vamos receber atenção e afeto nos Estados do eixo Sudeste. Político que já esteve no poder e nada fez ocupa páginas inteiras da mídia impressa. Uma simples figura decorativa na política tem alguma coisa importante para nos repassar? Claro que não. A mídia local precisa reaver seus conceitos e dar oportunidade aos mais novos e acabar com a falta de ética em cortar a matéria do escritor. Nesta situação estamos com a grande jornalista Adísia Sá que sempre fala para seus colegas e alunos. Se vão cortar a matéria do escritor melhor seria não publicá-la. Quando a matéria está repleta de elogios ao matutino eles publicam na íntegra. Durma-se com um barulho desses.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIR/CE