Detonando Rochas

Sinceramente...Tem coisas nesta vida que é de deixar pessoas chocadas, e não falo de grandes acidentes, catástrofes, mortes, notas baixas ou coisas do gênero. Explicarei adiante ou atrás...

Nestes tempos estava eu, numa viagem de campo (literalmente) pelo CEFET-PB em uma cidade chamada Boa Vista. Conheci duas minas, uma de bentonita e outra de calcário. Não pretendo fazer um trabalho científico, muito menos relatório que a professora manda, porém a mina de bentonita, era bonita e de grande importância econômica. Posteriormente, depois de um almoço bom (não sei se era a fome) fui para a de Calcário, tive a sensação de estar numa praia, a água da chuva misturada ao mineral dá essa sensação em pleno interior paraibano. Andei bastante, fiz coisas simples, algo que o urbano não proporciona.

Nas andanças, em aula, foram levados GPS e Bússolas de última geração que dá para jogar, despertar de sono, fazer previsão do tempo, medir a velocidade que andas e tantas outras coisas que se tivessem pernas seriam capazes de assaltarem bancos ou virarem políticos...

Eu no intuito de boa vontade, levei uma bússola de bolso, de bolso não! De fogão! É assim...Minha mãe tinha, um acendedor de fogão no qual, não sei pra que motivo, tinha uma bússola embutida. O acendedor perdeu função, porém a bússola não...Ela é do diâmetro do meu dedo. Porém, quando eu mostrava, ela coitada, era dispensada pelos professores, diziam que ela é desnecessária, não quebravam nem uma folha, quanto mais um galho!

No meio do caminho, eles ao tentar achar algo, começaram a se enrolar, o norte magnético apontava ao noroeste em algumas bússolas, enquanto outras apontavam para um norte totalmente diferente. E a minha, apontava totalmente ao contrário...Rodamos e rodamos entorno da boca uma cava de aproximadamente 40 metros com direito a pular cerca, para fazer uma simulação de mapeamento quase em vão...

No final desse “mapeamento”, perto do nosso ônibus a professora diz enfática: As bússolas estão desconfiguradas!

É...Muitas vezes temos que tomar caminhos muitas vezes incomuns e com bússolas totalmente estranhas as demais: pequenas, escondidas, porém sempre apontadas para o norte, nortes ideais que nos atraem...

Já no fim da tarde, vimos uma explosão de rocha, nos sentimos pequenos em relação à magnitude da natureza, e vimos o quão precisamos nos orientar...

Eduardo Oliveira
Enviado por Eduardo Oliveira em 03/10/2008
Reeditado em 04/10/2008
Código do texto: T1210432
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