THE END

The end to my dream. Fim para o meu sonho. Hão de me perguntar: why? E eu hei de responder: because eu vivia de olho comprido no Primeiro Mundo, troncha de inveja, na ponta do bico, pronto para assoviar God save America, repetindo a cada instante para mim mesma, por razões que acreditava óbvias, que o paraíso eram os States e me prometia que um dia ainda bateria com os costados na terra do Tio Sam.

Pause, pause para dizer que você precisa me ouvir, com este meu sotaque nordestino “falar americano”; uma dica: por acaso já ouviu a Baby Consuelo “cantar” Summertime? Pois é, somos idênticas no sotaque, se bem que eu prefiro a interpretação da soprano Leontyne Price, canção essa, que faz parte do 1º ato da ópera Porgy and Bess do americano Gershwin. (Viu a minha intimidade com a ópera? Também dela entendo)

But, infelizmente toda essa minha empolgação americana foi cortada por informações de fontes fidedignas que me asseguraram que os States não são mais o mesmo e que New York, New York não é mais New York, New York, há pedintes em cada esquina, que nem na Nigéria, como constatou o escritor e patriota democrata John Úpdike (Coelho Corre – Coelho em Crise – Coelho Cresce – Coelho Cai), onde aconteceu o seu primeiro contato com a miséria, ensejando o seu espanto: “Então, o Terceiro Mundo é assim!”

Then, hoje em dia os nativos e os não nativos da então toda poderosa América, quando olham em volta, vêem que a vidinha deles já não é tão boa assim, os filhos já não recebem uma educação de primeira e existe o medo de chegarem ao fim da vida perdendo tudo o que economizaram para pagar as contas de hospital.

By the way, que diabo eu ia fazer nos States, se lá e cá ta tudo igual? Ta bem, ta bem temos as nossas diferenças, pois não? O gringos ainda não fazem roda nem batem palmas para tudo, enquanto nós aqui somos todos parentes dos loucos: fazemos roda, batemos palmas das mãos até com os pés para os malucos dançarem.

And assim, batemos palmas para todas as sandices que diz, faz e proclama o presidente da república das bananas.

Also batemos palmas para uma danação de ministros disso e daquilo que teimam em não enxergar um palmo à frente do nariz e que se arvoram de donos da verdade, os salvadores da pátria e que fora da seita deles não há salvação. Enfim, os ungidos que sobreviverão ao Armagedom.

Oh my God... I’m very sorrel, so iconoclastic! What I need? I Know: partirei em busca de minha auto-estima, como sugeriu em seu livro “Revolution from Whint: A Book of Self-Esteem (Revolução para dentro: O livro da Auto-estima) a feminista Gloria Steinem, na sua filosofia de vida. Espere ai que eu volto já. So long

I Come back and americanizada toda, desejo aos friends a good Friday. I’m going to read.

PS: que a Marília não se atreve a corrigir o meu inglês.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 03/10/2008
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