Nada pra dizer
Uma cabeça grande, meio quadrada, sensação de tumidez, oca... Nem no tranco, reage o cérebro; parece flutuar feito boi magro, morto na enxurrada. O tempo não ajuda, tem cara amarrada e o sol das quase 9 da manhã, nem ata nem desata. Ora abre um olho, ora abre metade do outro, boceja, espreguiça-se, vira, revira, recolhe-se em si... Sol de preguiça que faz brilhar São Paulo, à noite lavado.
Mas uma amiga me falou que “ler é fundamental”; e o mestre de lições eternas, disse-me (via gmail) que “é preciso escrever todos os dias”. Em dias normais, vá lá. Em dias como hoje, sofre-se muito. Há-se que espremer os neurônios anestesiados pelo chocho da manhã, tirar forças de onde não tem e arrancar o açaimo da cara!
É fundamental fazer o que os mestres mandam: ler e escrever. Aos trancos e barrancos produzi esta “croniquetinha” acéfala, coloco-a no Recanto das Letras, desligo o computador, e vou ao supermercado tomar cafezinho Curuçá, amostra grátis. Quem sabe penso em algo mais interessante, mais inteligente, mais à altura do meu leitorado que anda cada vez mais fino.