Sem pedras nas mãos

SEM PEDRAS NAS MÃOS

“O inicio de um poema é o avistar de uma luz,

é um pensamento que te conduz,

é um anseio que te induz”

Não é fácil pensar em palavras, nem sempre elas se encontram ou nelas você se encontra.

Ter um objetivo único numa poesia é querer construir um mundo limitando a forma dele, sem esperar que este se torne, se transforme, se invente, se ilustre.

Não precisamos ler, ver, ou escutar outros textos, poemas e poesias para que a nossa capacidade de iniciar o nosso, seja potencializada.

A cada leitura, a cada simples passar de olhos em um livro, em uma frase, descobrimos outros pontos de vista, como na forma de uso da vírgula ou a maneira de entoar sua fala.

Por isso, não se faz necessário uma introdução para fazer rir, para fazer chorar, para desencadear sentimentos, modificar pensamentos ou até uma indignação provocar.

Com pedras nas mãos nada é visto e sentido ou até mesmo conhecido.

Com pedras nas mãos nos tornamos contidos.

Quando conhecemos uma pessoa pensando no nosso mundo, da nossa maneira, estamos limitando a beleza da existência dela.

Para conhecer um livro não precisamos de prefácios e introduções, por que dentro deles varias serão as formas de ler suas vidas e muitas serão as formas de entender suas emoções.

Se programarmos nossa mente a ver, sentir ou descobrir aquilo já pré-existente, nunca estaremos enxergando, se conhecendo e principalmente vivendo.

Aquele avistar de uma luz é um simples olhar que pode mexer com o seu querer,

O pensamento que te conduz é aquilo que o teu desejo procura,

E o anseio que te induz é a vontade do descobrir as varias formas de um livro, assim, como vivenciar as diferenças de cada pessoa.

O iniciar de um poema, de uma leitura ou de uma convivência deve compreender a sua e a minha existência.

Gian Franco Werner
Enviado por Gian Franco Werner em 01/10/2008
Código do texto: T1206339
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