Pensando o impensado, mas nunca o impensável.
Descartes já dizia: Penso, logo existo.Cogito ergo sum, em bom latim. Tenho minhas dúvidas. Se o pensamento é o que determina a existência, então a Jade, cachorrinha do Tiago, não existe? Ou será que a Jade pensa? Nesta questão eu também tenho dúvidas, pois conheço muita gente que não pensa. Só usa o pensamento alheio e muito mal usado. Só existe quem pensa? E o resto que nasce, vive e morre faz o que?
Duvidar sempre foi uma constante em minha vida. Já quando criança descobri minha afinidade com São Tomé. Qual é, eu sempre dizia, vai querer que eu acredite nisso? Eu duvidava de tudo, ou de quase tudo e por isso certamente era uma criança impertinente. Por outro lado eu acreditava em coisas que ninguém mais acreditava. Se existe gente aqui, eu dizia, então existe gente lá. E apontava o dedo para o céu sem medo de criar verrugas.
Tudo é possível, eu sempre digo. Mas tudo tem explicação. Provável? Pode ser que sim, pode ser que não, mas a certeza já é coisa bem mais complicada. Veja, por exemplo, um dos embaraçamentos de minha mente confusa. Será que eu existo mesmo ou será que sou apenas um pensamento de Deus? Um sonho, talvez. Ou será que o sonho é meu e tudo que supostamente existe nada mais é do que um pensamento meu? É de dar nó nas tripas.
O que me salva é que isso não acontece sempre, só de vez em quando. No resto do tempo eu sou normal e penso as coisas que todos pensam. Muitas vezes até uso o pensamento alheio para esconder o meu bem escondido. Eu fico bastante assustada com as pessoas que acreditam em tudo sem procurar as evidências da realidade. O que é real para ser tangível precisa de evidências. Por outro lado eu fico enlouquecida quando a imaginação desaparece da minha casa. Porque o que é pensável só por ser pensável, pode ser real. Desde que seja evidente.
Quando eu era menina descobri Júlio Verne. Os acontecimentos do mundo contemporâneo vão muito além de qualquer pensamento que Júlio Verne teve. Sei que muitas coisas impensadas ainda serão pensadas e se tornarão reais. Um dia talvez possamos chegar a um lugar bem antes de partir. Saio de casa pela manhã com meus sapatos viajantes e chego ontem a noite. E por que não? A vida é uma caixinha de surpresas e em cada esquina algo novo pode ser revelado.
Ainda bem que nasci aqui e agora. Bem, nem muito aqui, nem muito agora. Nasci ali pertinho já faz bem um tempinho. Um tempão. Mas de qualquer forma não foi nos muito antigamente que eu vivi. Teria vivido pouco. Antes de arder no fogo dos infernos eu teria ardido no fogo das fogueiras. Também, quem pode garantir que eu já não ardi e bruxa fui. A vida, seja lá onde for, é totalmente sem garantias. No momento em que escrevo estas palavras o tempo já passou e já é um novo momento. O pensamento está sempre atrasado.
Descartes já dizia: Penso, logo existo.Cogito ergo sum, em bom latim. Tenho minhas dúvidas. Se o pensamento é o que determina a existência, então a Jade, cachorrinha do Tiago, não existe? Ou será que a Jade pensa? Nesta questão eu também tenho dúvidas, pois conheço muita gente que não pensa. Só usa o pensamento alheio e muito mal usado. Só existe quem pensa? E o resto que nasce, vive e morre faz o que?
Duvidar sempre foi uma constante em minha vida. Já quando criança descobri minha afinidade com São Tomé. Qual é, eu sempre dizia, vai querer que eu acredite nisso? Eu duvidava de tudo, ou de quase tudo e por isso certamente era uma criança impertinente. Por outro lado eu acreditava em coisas que ninguém mais acreditava. Se existe gente aqui, eu dizia, então existe gente lá. E apontava o dedo para o céu sem medo de criar verrugas.
Tudo é possível, eu sempre digo. Mas tudo tem explicação. Provável? Pode ser que sim, pode ser que não, mas a certeza já é coisa bem mais complicada. Veja, por exemplo, um dos embaraçamentos de minha mente confusa. Será que eu existo mesmo ou será que sou apenas um pensamento de Deus? Um sonho, talvez. Ou será que o sonho é meu e tudo que supostamente existe nada mais é do que um pensamento meu? É de dar nó nas tripas.
O que me salva é que isso não acontece sempre, só de vez em quando. No resto do tempo eu sou normal e penso as coisas que todos pensam. Muitas vezes até uso o pensamento alheio para esconder o meu bem escondido. Eu fico bastante assustada com as pessoas que acreditam em tudo sem procurar as evidências da realidade. O que é real para ser tangível precisa de evidências. Por outro lado eu fico enlouquecida quando a imaginação desaparece da minha casa. Porque o que é pensável só por ser pensável, pode ser real. Desde que seja evidente.
Quando eu era menina descobri Júlio Verne. Os acontecimentos do mundo contemporâneo vão muito além de qualquer pensamento que Júlio Verne teve. Sei que muitas coisas impensadas ainda serão pensadas e se tornarão reais. Um dia talvez possamos chegar a um lugar bem antes de partir. Saio de casa pela manhã com meus sapatos viajantes e chego ontem a noite. E por que não? A vida é uma caixinha de surpresas e em cada esquina algo novo pode ser revelado.
Ainda bem que nasci aqui e agora. Bem, nem muito aqui, nem muito agora. Nasci ali pertinho já faz bem um tempinho. Um tempão. Mas de qualquer forma não foi nos muito antigamente que eu vivi. Teria vivido pouco. Antes de arder no fogo dos infernos eu teria ardido no fogo das fogueiras. Também, quem pode garantir que eu já não ardi e bruxa fui. A vida, seja lá onde for, é totalmente sem garantias. No momento em que escrevo estas palavras o tempo já passou e já é um novo momento. O pensamento está sempre atrasado.