ÀS MINHAS MULHERES DO RECANTO

ÀS MINHAS MULHERES DO RECANTO

Ah, não mal me interpretem. Mulheres minhas só de alma. Mulheres minhas que me encantam mais e mais com seus escritos.

Eu me pergunto sabe... Me digam aí se as mulheres não tivessem tido suprimida,por tanto tempo,a força de se expressar? Quantos gênios não teriam surgido?

Homenageio sim as mulheres que com escritos tão sublimes me fazem deitar em nuvens de sensatez e banhar-me nas águas da loucura também.

Primeiro porque fui apresentado ao recanto pela geniosa Zélia freire. E foi com Zélia que conheci Malu, Maria Olímpia, Marília Paixão, Nena Medeiros. A Ângela Rodrigues me conheceu e eu apresentei-a, Zélia. Também conheci Ana Bernadelli – acho lindo esse nome Bernardelli, já disse a ela isso, e disse também que o nome de minha filha será Sophia Bernadelli – me encantei com a Li Melo, começamos divergindo de assuntos, trocamos e-mails, mas a divergência é saudável até de mais. Tem a Crystina que suas palavras adoçam minh’alma. E mais e mais mulheres. Mas estas são minhas preferidas.

Todas essas mulheres, sua maioria, escrevem crônicas, mas foi em suas poesias que me encontrei. Também, em si, me inclino mais para o lado poeta das pessoas. A poesia é minha vida.

Mulheres que combatem o lado podre do mundo com a beleza e pureza, assim como com a audácia e perspicácia. Lembro -me de Marília L. Paixão quando disse:

“MEUS OLHOS DA ALMA, ATÉ ELES PROIBIDOS ESTÃO DE SE PREOCUPAREM COM AS MAZELAS DO MUNDO”.

Queria no mais e mais conseguir enxergar o encanto de suas palavras. Li Melo quando entoou:

“Relâmpagos de dor no meu peito,

Matando por dentro

Os desejos de amar.”

Maria Olímpia que me acordou sendo acordada pelo amor ao dizer:

“só quem me acorda é o amor”.

Até para minha amada citei poemas de minha mulheres, e o preferido dela, foram os versos de um poema de Ângela Rodrigues Gurgel:

“Seus olhos nos meus

Falam de mim, de nós,

De nosso amor”.

Assim também como vi descer lágrimas em seus olhos quando recitei Malu:

“Busco no silêncio esquecer o seu corpo

que pesava sobre o meu

deixando seu perfume impregnado

de amor”.

Para o mundo que anda meio podre eu falei com as palavras de Nena Medeiros de sua poesia, CONSEQUÊNCIA:

“Cada vez menos sentido

Em cada divagação

Fuga, medo, sexo,

A morte nasce para salvar a vida

Que seria inútil sem o amor

Que precisa do ódio para existir

E existe” .

E para vocês amigas... Deixo as palavras de Ana Bernardelli :

“MEU AMIGO:

Queria lhe dizer aquela palavra bonita, encerrada dentro da formosura acabada de uma rosa pura....

Pura na origem livre da rosa, na clareza pura do meu sentimento”.

Mas aqui termino com o poema de minha predileta recantista - ZÉLIA MARIA FREIRE. A mulher a quem tenho todo respeito do mundo. Já divergimos em alguns pontos. Mas como já disse, divergir é saudável. Termino com um poema seu. Pode ter certeza, tu fostes uma das escritoras que muito elucidou-me... Aqui deixo para ti, teu próprio poema:

E O VIVER... PARA QUÊ?

Dor e tédio

E a vida oscilando entre os dois

Como fugir

Como me libertar

Se o meu espírito obtuso

Me arrasta sempre à fonte do sofrimento

Sem nunca preencher o vazio interior

E nesta luta permanente

Busco refúgio

Mas como se perseguida fosse

Por todo infortúnio terrestre

Nele também a dor encontro

E o viver?

Para quê?

Como dizia o grande Mário Quintana: um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo agente...e não a gente a ele!

Essas palavras de vocês me leram como se eu fosse o mais simples dos alfabetos!

Manel Clélio (Kekel)
Enviado por Manel Clélio (Kekel) em 29/09/2008
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T1203007