Fé e ciências: inconciliáveis?
Constantemente vemos na mídia questões como o uso das células-tronco embrionárias, legalização do aborto, uso de anticoncepcionais, entre outras, que fazem surgir discussões a respeito da relação entre as ciências e a fé. Muitas vezes essas duas “instituições” são colocadas frente a frente, em posição de combate. Será que elas são inconciliáveis, se excluindo sempre?
Se recorrermos aos fatos históricos, veremos exemplos de atrito entre o campo da experimentação empírica e o da crença. Um dos casos mais memoráveis foi o de Galilei Galileu, que foi pressionado pela Igreja católica a revogar suas teorias.
Ainda com base na história, podemos notar que muitos conceitos antes abominados pela Santa Mãe Igreja, hoje são aceitos com muita naturalidade. O Vaticano bem sabe que a terra não é plana, tampouco dotada de abismos cheios de monstros ao seu “fim”. Assim sendo, a teologia e a ciência não são excludentes, é possível haver uma articulação entre esses campos de estudo.
Os conflitos entre ciências e fé não são prejudiciais, muito pelo contrário, é possível tentar explicar determinados conceitos da teologia por meio de métodos racionais. De fato, a Teologia utiliza-se da ciência para fundamentar alguns de seus conceitos, bem como desmistificar as formas de idolatria e superstição.
É inevitável que haja discordâncias entre a fé e a ciência, aliás, fugir desses conflitos é temer; temer alguma verdade em relação à fé e temer encontrar na fé algo que a ciência não explica. Apesar disso, a interação e articulação entre eles pode trazer um grande avanço e fortalecer inclusive algumas explicações das Teologia.