"As Potiguares são iguais , mas de potes diferentes"
Ontem foi noite de festa no Veleiros, em Ponta Negra. Lançamento de Vestido em Versos, livro de poesias de Yasmine Lemos. Os poemas de Yasmine são envolventes, livres e contemporâneos. Identifico-me com suas poesias, porém é o prefácio de Zélia Maria Freire que define os versos que dispensam "floreios, alegorias ou metáforas" e os verbos "drummondianos" da poetisa.
Escolhi o poema Tantas para dar uma mostra do que veste a poeta.
“ Nunca quis ser anjo, sempre quis voar.
E no pensamento deslizo nas minhas próprias estradas.
Também não sou santa, nem conseguiria.
Sou tantas aqui dentro,
Que mudam apenas com seu olhar,
O que decifra sem me tocar.”.
O livro, certamente, vou adorar. O lançamento foi uma festa. Fui com Sylvinha (que saiu para outro compromisso), achando que iria passar só um pouquinho e fiquei até o fim. O ambiente, a companhia de Zélia e sua família, de Yasmine, Ivan e familiares, o palco com violino, violão e as vozes de excelentes cantores fizeram-me perder a noção do tempo.
Ganhei uma linda dedicatória no livro, tricotei com Zélia, abracei amigos, levei beijos de minha mãe para a mãe da escritora e trouxe os beijos retribuídos.
Voltei bem guardada por Dona Zélia e cheguei em casa direitinho, com a promessa de trabalhar no meu livro, pois me estimulou o contato com ótimos escritores da terrinha.
Entre os que foram brindar com a dona da festa estava o compositor Mirabô Dantas de quem peguei emprestado o título desse texto. A letra da canção é linda, mas esses versos dizem muito das mulheres potiguares ali presentes. Aliás, a mestra Zélia Maria Freire e suas discípulas de boas intenções, natelenses ou não, todas viemos de bons potes.