A LEI SECA

A LEI SECA

William Pereira da Silva

Lei seca me lembra AL CAPONE, Alphonsus Gabriel Capone (Brooklyn, Nova Iorque, 17 de janeiro de 1899 — Palm Beach, 25 de janeiro de 1947) Foi um gângster Ítalo-americano que liderou um grupo criminoso dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei seca entre as décadas de 20 e 30. Considerado por muitos como um dos maiores gângsteres dos Estados Unidos. Al - como era chamado pelo seu círculo íntimo, tinha o apelido de Scarface ("Cara de Cicatriz"), devido a uma cicatriz que tinha no rosto.

Não sou contra a lei seca instítuida em nosso país, porém há exageros na lei no que se refere ao indice do teor alcoólico que é detectado pelos bafômetros. Costumaz bebedor que sou há mais de trinta anos, nunca causei sequer um acidente alcoolizado, fui acidentado com pequenas quedas de motocicleta por perda de equilibrio e parado. Meu segredo era somente respeitar o trânsito e os pedestres, nunca pilotei uma moto ou dirigi um automóvel no intuito de agressividade, sempre pautei pela direção defensiva. Conheço muitos colegas de bebedeiras que agem também desta formas. A tolerância zero as pessoas que bebem e dirigem, fere o direito e a dignidade das pessoas que mesmo ingerindo bebidas alcoolicas sempre respeitou o trânsito e as pessoas. Existem individuos bebados e irresponsaveis, isto é inegável, que são os grandes causadores dos inúmeros acidentes, muitas vezs com vítimas fatais, como também existem bêbados responsáveis que ao perceber o efeito do alcoól dirigem-se para suas residências, justamente para não causar transtornos futuros na continuação da bebedeira e muitas vezes entregam seus carros a suas esposas, filhos ou aos colegas. Ao grupo dos bêbados irreponsáveis o rigor da lei, muita fiscalização e punição para eles, mas para aqueles que mesmo bebendo respeitam a população, sabem dicernir quanto a quantidade que deve beber, os favores da lei, e que esse favor seja mais tolerâcia aos índices dos bafômetros para não punir pessoas inocentes.

Que mal pode causar um individuo, acompanhado de sua família, vai à praia, toma umas quatros cervejas, ou aquele que toma umas taças de vinho, ou outro que toma três doses de uísque ou outra bebida qualquer em quantidade minima, e retorna para casa? Muito mais mal pode ocasionar ao trânsito quem esta sobre o efeito de outras drogas como maconha, cocaina, LSD, heroína, ópio, craque e tantas outras existente no mercado negro das drogas. Quem vai saber ou fiscalizar este povo drogado? Quantas pessoas que cheiram a cocaína tomam bebidas alcoolicas e vão dirigir? Quantos motoristas tomam "arrebites" para não dormir, bebem e ocasionam acidentes? Fica a pergunta a culpa foi das drogas ou da bebida alcoolizada? Ou das duas associadas?

Faço parte dos que defendem a lei respeitando as pessoas de bem, responsáveis, respeitadores das culturas e costumes de um povo, mas mudar uma realidade ferindo o costumes de muitos, por culpa da insensatez de outros muitos, creio ser totalmente inconstitucional.

O nosso país precisa e muito de seriedade, trato bom com a causa do bem-estar público, portanto para isso não precisa punir os inocentes por causa da incoerência e insentazes daqueles que bêbados ou não vivem a burlar a lei em benefícios próprios.

A lei Seca como está demonstra que estamos a caminho de criar novamente figuras como Al Capone, só que no Brasil será os Als Capones do trânsito.

Viva a lei seca, mas não tão seca!

PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA
Enviado por PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA em 27/09/2008
Código do texto: T1199102