Aniversário e futebol, não combinam!

Era dia de campeonato brasileiro de futebol. Vi muita gente vibrando, incluia-se nesse fútil grupo, minha mãe, meu pai e meus irmãos. Foi então que perguntei a meu irmão: para que torcer para um time de futebol? Ele disse que era para se divertir. Daí perguntei novemante: mas se seu time perder, a diversão vai se tornar um "velório"! Ele disse que é para não se tornar um "velório" que ele estava torcendo e também porque ele se sentiria orgulhoso ao ver seu time como campeão.

Acho que as pessoas é que gostam de sofrer. Tão mais fácil seria esperar o jogo terminar e sair pulando a favor do que ganhou... Dessa forma, nunca ninguém sairia chateado e tudo seria diversão. Além disso, você teria o time do coração, pelo menos parcialmente do coração, como o campeão. Pronto! Não tem segredo!

Esse também era o dia do meu aniversário. Não entendo porque me deram parabéns. Bom, porque parabéns é dado quando você faz coisas boas, como: ajudar ao próximo, tirar notas boas, ser gentil, etc. Penso que recebi parabéns porque consegui não morrer até aquele dia. Talvez, para as pessoas que estavam ali, isso fosse uma vitória. Mas confesso que é chato tanta felicidade por você estar ficando mais velho. Meu organismo 1 ano mais velho. Já com muitos radicais livres, meu órgãos cada vez mais fadigados e minhas células necessitando de trocas sucessivas.

Além de muitos PARABÉNS, recebi presentes. Essa é outra dúvida. Por que recebi presentes? Será que é porque, depois de mais 1 ano, as pessoas pensam que minhas coisas estão velhas e precisam ser trocadas? Ou seria uma forma de pagar toda aquela "comida de graça"?

Já que é para ganhar presentes, critico as duplas, trios e quartetos de pessoas, que ao invés de 2, 3 e 4 presentes, entregam apenas 1. Não é por nada não, mas são mais bocas do que presentes.

Meu aniversário não foi em minha casa, foi na casa de minha avó. Assim que tudo terminou, depois daquela vela em cima do bolo, acho que não tinha dado tempo assá-lo por completo e colocaram pelo menos essa chama para tentar terminar o processo (outro motivo não encontro), entrei no carro e fui para casa. Mas, ainda dentro do carro meu pai perguntou: "num tá esquecendo de nada não?". Claro, respondi que não. Mas, se eu lembrasse do que estava esquecendo, não seria mais um esquecimento.