Um dia de fúria
Cadê o pedigree que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
O grampo pegou. Mas não se preocupe o grampeador foi preso.
Parece piada, mas é real. Poderia ser em que país? Só o Brasil de seus políticos anjinhos poderiam pensar numa lei destas. Cada um sabe o tamanho do rabo que tem e protege bem. Agora pense bem antes de grampear umas folhas de relatório ou coisas similares, pois os grampos acabarão prendendo seus dedos.
Esse dia ainda vai chegar, mesmo que você esperneie, não vai adiantar, o estado está, com o perdão da palavra, cagando e andando para o cidadão. Imagine a seguinte cena:
“Uma delegacia de policia:
- Vim denunciar o fulano de tal, residente na rua tal numero tal. Eu o vi entrando no meu pátio e roubando minha vaca.
- O senhor está preso. Não pode denunciar um ladrão”.
Desculpem-me os colegas socialistas e comunistas, mas qual era o problema da ditadura?
Os maníacos políticos, onde impera uma gama de bravos lutadores em prol da liberdade e da democracia, estão democraticamente cerceando seus pares numa aventura decididamente ditatorial, sem que ninguém possa fazer nada. Digo possa, pois vontade não falta, mas há uma proteção gigantesca diante de nós, parece que estamos na idade media, com fortalezas medievais a serviço destes “escravo (demo) cratas”.
Têm muitos por ai, que mais dia menos dia, pensa em ser William Foster, de “um dia de fúria”, neste filme de Joel Schumacher de 1993, Foster, interpretado dignamente por Michael Douglas, enfurece diante do caos da cidade e resolve destruir o que ele julga ser ruim para a sociedade. Parece um extremo perigoso, se transposto para a vida real. Mas estamos vivendo uma corda de circo, num show de equilibrismo onde nossa única garantia são duas cordas, a que pisamos em cima, e a outra amarrada no pescoço.
O RS parece precisar de uma nova revolução farroupilha, agora contra os corruptos de plantão, já se descobriu falcatrua em todos os rincões, de uma forma ou de outra, tem eleição à vista. Falando com um eleitor domingo, ele disse que estava cansado das propostas dos políticos ano após ano, sem nada resolver, que agora iria mudar. Pensei que estava ficando politizado o povo, mas ledo engano, logo o eleitor completa:
“- Eles sempre prometem e não dão nada. Agora só voto em quem dé (sic) algo antes”.