A LEVEZA DO VENTO ROSA
Se eu fosse falar de vento e se ele fosse da cor rosa que tipo de vento ele seria? Brisa, vento fraco, vento forte, furacão?
Brisa seria mais adequado, para que eu pudesse sentir na pele a leveza de sua brandura
O vento fraco que me fosse dado para uma noite calma onde a placidez do meu estado d’alma pudesse vir à tona sem o perigo de ser levado por uma rajada para longe de mim.
Que deixasse o vento forte para lembrar as velas ao mar; para lembrar o homem de triste figura e de todos os sonhos, o viandante na sua peleja contra os “gigantes” moinhos de ventos na tentativa de salvar a sua enamorada Dulcinéia
Já o furacão, que fosse afastado de mim pois a sua fúria não se coaduna com a visão tranqüila de mundo que almejo, sem destruição, sem guerras, sem preconceitos, sem fome, sem miséria, onde a paz pudesse reinar entre os homens de todas as raças e todas as cores e bandeiras.
Falar do vento é lembrar a natureza, é lembrar o movimento das ondas do mar promovido por essa coisa sem forma, intocável, apenas sentida e por vezes de forma implacável capaz de em poucas horas jogar por terra feito castelos de areia o que o homem levou anos para construir.
Mas esse mesmo vento que destrói também é fonte inspiradora dos poetas, que enxergam beleza no balançar suave das folhas dos coqueiros, no balançar das ondas do mar e que assovia no telhado como se anunciasse noticias que vem de lá...