São Paulo, minha dor ou meu amor?
Eu gostaria de tempo.Tempo que não consigo alcançar. Tempo para desvendar São Paulo e quem sabe um dia me apaixonar!
Talvez este seja um melodrama desses filminhos de cinemas cults, mas ainda não consigo pensar nessa cidade e rir de contente.
Já dizia Nelson Rodrigues : "A pior forma de solidão é a companhia de um paulistano". E quem é Paulistano? Tenho amigos paulistas, conhecidos nordestinos, uns e outros cariocas. Mas paulistano, paulistano mesmo, está como encontrar agulha em palheiro.
Às vezes da vontade de sumir! De sair por ai, seja Floripa, Rio, Amazonas... Sumir desse ter e não ter, de ser e não ser, de gostar e não gostar. Sumir do " Eu to na sua frente", desta competição onde não há percepção de quem ganha realmente é só você! E ninguém tem nada a ver com isso.
Mas e lá? Seria eu um pouco capaz de ser feliz? Não sei! Me assusta pensar que São Paulo pode me imundar de felicidade, ou me carregar de pesadelos.
Mas se pensas que sou fraco a ponto de chorar e voltar, de não tentar, engana-se!
Vou entre a Sé e até o ponto final desse metrô! Embarcarei olhando aqueles mapas coloridos que me mostram onde chegar, mas vou descer no metrô Consolação, que fica na linha verde , a cor da esperança