NESTA CANSADA MANHÃ DE SÁBADO

NESTA CANSADA MANHÃ DE SÁBADO

Marília L. Paixão

Nesta cansada manhã de sábado não vou falar dos meus fracos neurônios que eles lampejam nada docemente.

Joguei neles um café assim que acordei, mas eles não gostaram. Acharam amargo, desnutritivo e pouco motivante.

Pensei num pedacinho de bolo integral, mas a cerveja porcamente gelada que o estômago havia recebido antes de deitar respondeu que não queria.

Olhei o carro na garagem e o quão sujo estava e pensei; quem irá te lavar, querido?

Há um posto por aqui, mas não conheço o pessoal ainda. Engraçado, como tem coisas que até para arranjar quem o faça para você é delicado.

Em resumo já sei que está manhã será péssima para escrever. Imagine se na noite anterior eu tivesse tido a tarefa que tiveram a Ângela, a Malu, a Maria Paula, a Zélia e a Nena? Certamente eu teria acordado sem neurônio nenhum. Eu lá navegando naqueles poços de conhecimentos mais novos da Petrobras e com o orgulho de quase conhecer todas as fontes e poder dizer: algumas mineiras! Mas o meu cérebro está tão quase apagado que nem sei se pode ficar no plural essa última frase. Afinal, de onde é cada uma? Que assine embaixo cada uma colocando sua casa de origem que nesta manhã ainda nem agradeci a Deus pelo meu lindo teto.

Fazer o que agora nesta cansada manhã? Já sei! Libertar meu leitor dessa minha dor de nada desescrevida.

Bem faz a Zélia que sempre tem um pensamento sábio.

Bem faz a Malu que sempre é doce.

Bem faz a Nena que nos serve até terapias além das risadas

Bem faz a Maria Paula que nunca sei onde anda

E a Ângela? O que eu vou dizer para a Ângela numa manhã tão cansada e sem vida?

Já sei... vou dar umas voltas nas ruas de cima e pensar nas ruas em que a Mônica caminha e ai eu volto com uma frase bem linda para a Ângela tirada das ruas de belezas tranquilas. Mas na falta de alguma coisa boa eu ligo para Zélia.

Ela me atenderá assim:

- Marília?! – Sim, Zélia, sou eu!

- Não vá me dizer que você acordou se sentindo um bichinho de inteligência inferior?

- Não, Zélia, hoje eu acordei me sentindo coisa nenhuma.

- Mas o que anda te acontecendo menina?!

- É que u fui lá ler uns daqueles homens que você sempre cita e eu me senti descitada de tudo.

- Mas você não pode se sentir assim. Aqueles homens já morreram todos...

- Mas a inteligência deles ficaram para que os outros se recarregassem delas e eu estou tentando... tentando..tentando...e cheguei a conclusão que a minha pilha não serve para tudo quanto é recarga.

- Marília, você deve ter colocado as pilhas em posição errada.

- Você é sempre tão boa Zélia!

- Nada de boa, Marília. Apenas sábia!

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 20/09/2008
Código do texto: T1187765
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