Quinta-feira
Uma quinta-feira sem sal, sem açúcar, destemperada. Apesar de sol pleno, o vento gélido incomoda. Eu a matutar sobre o quê escrever ao Recanto das Letras.
Abri a porta e deparei com folheto de candidato a vereador de Rietê. Antes de tudo, preciso dizer que o currículo é bom e a proposta é excelente. Mas o texto é de foder de ruim.
Lembrou-me a professora doutora Inês que jogou fora a receita do médico que a aconselhou ingerir “menas açucar”. Nesse candidato ela jamais votaria porque nada se aproveita. De tão deprimente, nem conserto tem; é deletá-lo integralmente.
Mas, o que me intrigou mesmo foi o nome do candidato. Eu sempre pensei que seu nome fosse Dodinho do Cuitelo. Não é. É com b mesmo: Bodinho. Ora, nome e sobrenome a fustigarem-me às raízes. Assim: cuitelo é uma faquinha com a qual se tira o couro do bode. Um bode descourado, remete um cearense a quê? A uma deliciosa buchada!
Essa foi de lascar. Há dias em que o melhor é nada escrever... Nesse caso, defenda eu a surrada língua portuguesa.