As aparências enganam!
É bem verdade que uma boa vestimenta, um carro novo, uma bela residência, costumam fazer a diferença.
Uma parenta, carioca, resolveu fazer o sentido inverso, tentar a sorte na Bahia. Talvez por seu espírito muito alegre e autêntica festeira.
Não era essa sua intenção, mas conheceu um baiano milionário e juntaram seus trapos. Ela os verdadeiros, ele os de seda, linho, etc. Foram alguns anos maravilhosos, mas nunca se preocupou em saber de onde vinha a riqueza do parceiro. Vai daí que a "casa cai". O cidadão era um autêntico "Don Corleone" em Salvador e talvez não haja feito a "partilha" correta a quem "de direito" e foi preso.
Vendo-se sem amparo e com medo de também ser encarcerada, se mandou para o Rio somente com a roupa do corpo. Mas com razoável quantia em dinheiro e jóias de alto valor.
Aí começa a discriminação. Em toda loja que entrava, nenhuma daquelas vendedoras "afoitas pela comissão" vinha lhe atender.
Ao perguntar o preço chegou a ouvir: é muito caro!
Mas com dinheiro e empinando o nariz como aprendera na terrinha dizia:
-As coisas que me agradam não são caras e nem merecem pechinchas, vou levar.
E assim teve de fazer em várias lojas. E com imenso orgulho, dizia para si mesma:
-Vencí mais uma!