As aparências enganam!

É bem verdade que uma boa vestimenta, um carro novo, uma bela residência, costumam fazer a diferença.

Uma parenta, carioca, resolveu fazer o sentido inverso, tentar a sorte na Bahia. Talvez por seu espírito muito alegre e autêntica festeira.

Não era essa sua intenção, mas conheceu um baiano milionário e juntaram seus trapos. Ela os verdadeiros, ele os de seda, linho, etc. Foram alguns anos maravilhosos, mas nunca se preocupou em saber de onde vinha a riqueza do parceiro. Vai daí que a "casa cai". O cidadão era um autêntico "Don Corleone" em Salvador e talvez não haja feito a "partilha" correta a quem "de direito" e foi preso.

Vendo-se sem amparo e com medo de também ser encarcerada, se mandou para o Rio somente com a roupa do corpo. Mas com razoável quantia em dinheiro e jóias de alto valor.

Aí começa a discriminação. Em toda loja que entrava, nenhuma daquelas vendedoras "afoitas pela comissão" vinha lhe atender.

Ao perguntar o preço chegou a ouvir: é muito caro!

Mas com dinheiro e empinando o nariz como aprendera na terrinha dizia:

-As coisas que me agradam não são caras e nem merecem pechinchas, vou levar.

E assim teve de fazer em várias lojas. E com imenso orgulho, dizia para si mesma:

-Vencí mais uma!

mejt
Enviado por mejt em 18/09/2008
Reeditado em 06/11/2012
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