VOCE GUARDOU SEUS VALORES NO FUNDO DA GAVETA

As pessoas parecem que com o ritmo agitado de suas vidas se

esquecem de serem agradaveis, educadas e as vezes humildes.

Dentro daquele onibus no começo da manha, aonde o espaço era

disputado a unhas houve a necessidade de alguem se destacar.

A moça entrou segurando um bebe com cerca de um ano e meio

no colo e ao seu lado um garotinho que devia ter uns tres anos.

Calçando salto altissimo, uma saia minuscula e uma malha de in-

verno sentou com as crianças na parte reservado aos idosos e

deficiente.

O onibus seguiu o percurso e no proximo ponto apanhou mais al-

guns passageiros entre eles uma senhora com um bebe que pro-

vavelmente tinha dias.

Foi o ingrediente certo para o show começar.

A senhora com o bebe em pe se equilibrando feito bebedo em

ladeira, os bancos ocupados com idosos e dois deficientes.

O motorista dirigindo no ritmo alucinado entre os carros na aveni-

da movimentada.

A cobradora observando a situaçao caotica e prevendo que a po-

bre senhora com o bebe podia cair e se machucar pediu a moça

das crianças para ceder um lugar.

A moça enfurecida respondeu rispidamente que nao havia como

pois estava com duas crianças.

A cobradora apelou para seu lado humano primeiramente, a senho-

ra interferiu narrando em tom dramatico sua situaçao.

Educada ao extremo a tal moça disse que nao teria como carregar

as duas crianças no colo, a cobradora retrucou dizendo coloque o

menino maior sentadinho nos seus pes.

E a senhora com o bebezinho de dias apelou para o sentimentalis-

mo dizendo menina tenha do de mim com esta criança, ja tenho

bastante idade e a mae do meu neto esta hospitalizada.

Os passageiros assistiam a encenaçao da vida diaria como um

espetaculo a ceu aberto.

De repente um senhor de cabelos grisalhos, ja curvado pelos anos

vividos se levantou dizendo minha senhora se sente aqui, felizmen-

te as pessoas tem se corrompidos por sua falta de amor ao proxi-

mo.

Silencio, silencio total no onibus todos aguardavam o fim do espe-

taculo.

A senhora agradeceu e sentou se com o bebezinho.

O onibus seguiu seu percurso e os passageiros foram descendo ca-

da qual em seu destino.

De repente vejo que tolerancia e algo que se deve praticar sempre

e que precisamos despir a vaidade e aprender a exercitar a solida-

riedade.

E na real se voce quer praticidade e conforto va de taxi, onibus,

metro e necessidade.

Quando necessitamos precisamos aceitar as regras de convivio.

CAMOMILLA HASSAN

CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 16/09/2008
Código do texto: T1181358
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