INSPIRAÇÃO

Sentei-me. A rede balançava. Deitei-me. De repente, aquele sentimento de pertencimento ao momento, tocou-me. Ampliou-se. Lança atravessando meu peito. Vontade de pertencer ao lugar. Só o que me restava era uma folha de papel e um lápis. Adoro lápis. Posso apagar o que escrevi. Isso porque as palavras pensam que são donas de si mesmas. Mostro-lhes, que não importa o que pensam, sempre as filtro, peneiro, garimpo, abano, escolho, desmonto...

Naquela tarde de domingo, inspirado vivi. Não foi uma brincadeira. Foi uma completa satisfação de existir. Como ha muito não acontecia.

O código, não o sei. Isso porque não me preocupo com o desvendar. Preocupo-me com os lugares e os momentos que deixei passar sem esperança.

Espero, ser inspirado novamente.