ALLEGRO MAS NON TROPPO

De repente um olhar crítico sobre a campanha política do Iapoque ao Chuí e o que me ocorre dizer é... Mesmo sabendo que o osso não tem mais carne “ quanta coisa numa briga de cães!" E pensar que quem “Leva o osso é o mais forte” Coisas de Quincas Borba.

Ai que vida essa de cidadão, cidadão latino-americano, sem gosto nem cor, que consegue às duras penas manter os seus costados acima da linha d’água neste ancoradouro chamado Brasil, que por mais que se apregoem reformas, não conseguem oferecer boas condições de fundeio e abrigo.

E cá estou eu, allegro mas non troppo, diversificando o tema e tentando passar à frente o pensamento do filósofo Platão a respeito de nós mulheres. “Interesting”, como costuma dizer a cronista Marília, senão vejamos:

É pensamento do filósofo que todas as ocupações próprias de homens são também próprias de mulheres, só que estas são em tudo mais fracas do que aqueles. Mas, em se tratando de solução política, afirma Platão, que não deve existir discriminação de sexo de nenhuma espécie. Muito menos na educação – a menina deve ter as mesmas oportunidades intelectuais que o menino, a mesma chance de chegar às posições mais elevadas no Estado. Sem levar em conta qualquer objeção de que a admissão de mulheres a qualquer cargo, viole o princípio da divisão de trabalho . Considerando o filósofo, de que a divisão de trabalho tem que obedecer à aptidão e competência e não o sexo. “Se uma mulher se mostrar capaz de administração política, exercerá cargos de governo; se um homem mostrar que é capaz apenas de lavar pratos, lavará pratos”.

Depois desta égalité toda, e para fechar o firo, desejo a você cara leitora, que vive sonhando com o que vai ser quando crescer, imagine a fortuna de se tornar uma mulher pública, com assento numa cadeira giroflex, com poder de mando ou mesmo numa das Casas Legislativas do nosso amado idolatrado salva salve país, ou até mesmo uma liquidante ad eternum de algum órgão estatal, já que por aqui tudo é possível, tudo é natural e não engorda e até já houve ministro que determinou plebiscito para se obter consenso em torno de um apelido para o orgão sexual masculino. Graaaande feito do então Ministro da Saúde Adib IPMF Jatene.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 15/09/2008
Reeditado em 15/09/2008
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