nós e os ESPELHOS
"O espelho não se importa se você se corta." - Millôr
Millôr, na citação acima, foi bem no doze, como se diz no popular. Portanto, assuma sua dor...sua revolta. Sutis manipulações não amadurecem ninguém. “amADOECEM“.
Procure ser o mais autêntico possível em suas relações profissionais e afetivas. Seja bom de caráter, mesmo que lhe custe os olhos da cara.
Cuidado para não confundir revolta com ressentimento. Este é pura lamúria que não leva a lugar nenhum, aquela é salutar pois re+ voltar-se em sua etimologia quer dizer dar uma outra volta em torno do “objeto” para melhor compreendê-lo e solucionar o problema. Quando o sujeito se re+volta sua cosmovisão aumenta, pois tudo na vida é uma questão de ponto de vista e circunstância. Seja um revolucionário feliz.
É menos doloroso as intermináveis lamúrias diante os espelhos da vida, mas essa atitude não gera crescimento. E nenhum “espelho”, entendamos aqui como o alter ego… amigo… etc, pode resolver o seu problema.
Com isso, não estou sugerindo que você “quebre os espelhos”, pois agindo assim estaria se justificando. Afinal, eles têm lá sua serventia. A gente pensa que eles nos escutam. De certa forma isso é bom. O ruim é que não queremos enxergar nossas fragilidades e sapecamos nossos queixumes em cima deles.
Você, só você é o responsável. A resposta hábil vem da auto-consciência de suas competências adormecidas e não dos outros. A propósito, existe um canção popular que diz;
A vida é bela…
Enquanto eu seguro seus cordões.
Eu seria um joão-ninguém…
Se em qualquer momento os soltasse… (1)
Muitas pessoas preferem seguir normas a assumir o comando da própria vida. Assumir responsabilidade pessoal é “osso duro de roer”, mas o leitor conhece um outro osso mais roível?´ Se conhece, me avise!(1) Wayne W. Dyer, Não se Deixe Manipular Pelos Outros, 1985
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Airton Soares
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