Crônica teatral
Prof. Edson Gonçalves Ferreira (Ms)
Hoje, quando damos aulas, à noite, escutamos de muitos alunos a desculpa que têm que sair mais cedo, para pegar ônibus e mais outras desculpas. Entendemos até que o mundo mudou e, atualmente, precisamos ter mais cautela. No entanto, há tempos, os colégios possuíam grupos teatrais que ensaiavam, depois das 22 horas e, às vezes, sábados e domingos. E éramos nós que fazíamos tudo: figurino, cenário, coreografia, iluminação, maquiagem, trilha sonora. Um desses grupos de que participamos foi o Grupo Teatral Colégio Leão XIII.
O Grupo Teatral Colégio Leão XIII foi criado em 1961, em Divinópolis, MG, pelo Prof. Gentil Ursino Vale (in memoriam) e teve como atores: Vicente de Freitas, Luciana Martins, Dalva de Brito Siqueira, Nair de Souza, Sebastião Pereira, Marta Arantes, entre outros. Sob a direção do Prof. Gentil Ursino Vale apresentou as peças “A ditadora”, de Paulo Magalhães, “Cem gramas de homem””, de Anselmo Domingos”, “Compra-se um marido”, de José Vanderlei, “O homem que nasceu duas vezes”, de Odulvaldo Viana (pai).
Depois, o Grupo Teatral Colégio Leão XIII teve uma segunda fase, sendo liderado pelo Prof. Antônio Carlos Altivo Filho e apresentou as seguintes peças “A bruxinha que era boa”, “O rapto das cebolinhas”, “Aprendiz de feiticeiro”, “A volta do camaleão Alface”, todas de Maria Clara Machado e, ainda, “A farsa do advogado Panthelin”, de autor desconhecido e, também: “O eterno trio”, de Menotti Del Picchia, “Lírios”, de Alderico Francino. Na segunda fase, destacaram-se como atores: Rodrigo Andrade, Maria de Fátima Mesquita Lara, Luiz Antônio (Capanga), Regina Andrade, Miriam Mesquita Lara (in memoriam), Íris Gomes, entre outros.
Em 1976, o Grupo Teatral Colégio Leão XIII foi revitalizado por mim, o Prof. Edson Gonçalves Ferreira (Ms) e, então, foi registrado e considerado órgão de utilidade pública municipal e estadual. E como falávamos, ensaiávamos depois das aulas e nos fins-de-semana. Éramos entusiasmados! O Grupo Teatral Colégio Leão XIII, em sua terceira fase, apresentou as seguintes peças: “Poema Nordestino”, “Auto bíblico”, “Um dia na vida do povo”, “Beba, gente”, “Poema mineiro”, “Auto de Natal”, “Poema Natural”, “Bem brasileiro”, “Paixão brasileira”, “Criado mundo”, todas de autoria do Prof. Edson Gonçalves Ferreira e, também, “O Natal na praça”, de Henri Gheon, “Coronel Anastácio”, de Joaquim Inácio, entre outras e, ainda, tinha conjunto musical e, às vezes, dávamos shows, interpretando canções da MPB.
Vários alunos brilharam como atores e se destacaram, na terceira fase, do Grupo Teatral Colégio Leão XIII, sob a direção do Prof. Edson Gonçalves Ferreira: Celda Márcia Teixeira, José Antônio dos Santos, Vicente Paulo Sousa Andrade, Mauro Márcio Manoel, Raquel Costa, Célia Figueiredo, Sônia Figueiredo Diniz, Claudete Ferreira, Suzana Nogueira Dias, Ângela Márcia Souza, João Leite Praça, Aparecida Ferreira Faria, Vicente Antônio dos Santos, Adilson Henrique de Araújo, Jarbas Gomes (in memoriam), Maria Auxiliadora Alves, Simone Suely Isabel Santos.
E, ainda: Marcos Antônio Vilela, Edna Jesus Lima, Sandro Firmino, Júlio César Mendes, Antônio Carlos Ferreira, Margarida Maia, Yales Lage, Zuleica Alves, Luciane Antunes, Heloísa da Silva, Geralda de Fátima Morato, Adão Morato, Leda Maria Gomes, Walter Denis de Carvalho, Raimundo Ribeiro, Expedito Vicente Gomes, Maria Rita Cássia Ribeiro, Manoel Gonçalves dos Santos, Paulo Claudino Avelar, Walquírio Lúcio Aguiar, Dimas Antônio da Silveira Zaponi, Eustáquio Naves Diniz, Alvina Freitas.
Bem como: Cosme Roberto da Silva, Nelson Ronaldo de Oliveira, Antônio Donizete Vieira, Marcelo Sávio do Amaral, Sílvio Faria Novais, Maria Pardini da Fonseca, Lauro Mendes de Moraes, Julena R. Costa, Márcio Guimarães Mansur, Lídia Aparecida F. Elisiário, Artur Sebastião da Fonseca, Wilson A. Amaral, Lúcia Coimbra, Sérgio Carlos de Oliveira, Antônio Luís Sales, entre outros.
Durante a sua terceira fase, o Grupo Teatral Colégio Leão XIII teve divulgação nacional de suas apresentações e, inclusive, registro na Revista da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), registro de suas apresentações na Library of Congress The United States of América, em Washgington, USA, no “Deustches Institut”, Lisboa, Portugal e, ainda, recebeu elogios de intelectuais como Jorge Amado (in memoriam), Laís Corrêa de Araújo, Carlos Drummond de Andrade (in memoriam), entre outros. E esse registro é feito com base em documentação arquivada na residência do autor deste artigo que, encerrando os comentários, diz: Quantas saudades! Um abraço para todos os nossos ex-alunos que enalteceram a Arte de Téspis.
Divinópolis, setembro de 2008