Lembrando Simone
Tenho profunda admiração pelas grandes mulheres. Não as belas, das capas de revistas, com corpo escultural despertando desejos nos homens e inveja nas mulheres. Mulheres assim como eu e você, acabando de chegar em casa depois de um dia de trabalho ferrado, louca para um banho e sem nenhuma vontade e coragem de olhar para o espelho.
Epa, disse que não somos grandes mulheres? Perdoem, sim somos e como. Talvez as belas da tarde não sejam tão corajosas como nós.
Bem, feita a ressalva volto para uma grande mulher. Simone de Beauvoir.
Pioneira, vanguardista, libertária que com seu livro "O segundo
Sexo) abalou a crítica da época que considerou um atentado ao pudor.
Também....1949, essas ideias eram realmente para lá de ousadas.
Mas o tempo passou e as mulheres começaram a entender o
recado de Simone que começava a criar o feminismo. Ela deixou claro
no livro a impressão de como as velhas tradições políticas e sociais e o patriacardo e a opressão masculina inferiorizavam a mulher.
Simone lutou para desmistificar o casamento-instituição.
Ela viveu com Sartre um grande amor, e pasmem nunca viveram juntos na mesma casa.. Corajosa teve muitos amantes, mas entre ela e Sartre havia um pacto que transcendia todos os outros contingentes.
O fato é que sem "O Segundo Sexo" de Simone e sua coragem não existiria hoje a liberdade dos nossos tempos.
Sem dúvida o moralismo (quase sempre falso) é a pior forma
de masoquismo.
Façamos nossas escolhas mulheres, sempre.
Outra vez vou adorar relembrar Frida Kahlo, minha musa ins-
piradora do meu trabalho de final de curso.