Mr.Woody Allen
Rosa Pena
Não sou crítica, nem comentarista de cinema. Sou apenas viciada, vício herdado de meu pai. Cresci querendo fazer cinema e até já me arrisquei entre amigos. Tento na Net através de imagem e som dar um ar de fita aos meus escritos. "Almodovar" meus textos!!!! Que pretensão! Não vou muito longe, aliás pelo contrário, os "intelectuais" de plantão consideram inaceitável sonorizar literatura. Outro dia mesmo dei meu grito de protesto:
- Tira o som se não gosta!
Match Point o último filme de Woody Allen tem como trilha sonora ópera, no lugar do jazz que Allen geralmente nos brinda, aliás ele todo é sempre um brinde. Tampem os ouvidos os que não apreciam, pois o roteiro desse filme é literatura profunda, é meditação, é filosofia ao som de ópera. Partiu da premissa grega pré-socrática, das tragédias. Referiu-se à Sófocles: a nossa vida é tragédia. Quem retoma o tema posteriormente é Nietzche e agora ele de forma maravilhosamente contemporânea.
O cenário não é Nova York como é costume do Woody, que por sinal nos extasia. Manhattan é ele ou ele é Manhattan? Ele? É o próprio êxtase na escrita, na interpretação, no trompete, na neurose, na lúcida loucura!
Ponto final é passado em Londres e tem o cheiro maravilhoso de Shakespeare. O roteiro partiu para o drama, talvez como conseqüência da anterior reflexão de Allen em Melinda & Melinda onde ele avalia drama e comédia. Allen andou sendo crucificado pela crítica que cismou em ficar parada em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" esperando talvez a parte dois. Noivo gay, noiva sapata? Woody é muito gênio pra fazer qualquer seqüência, parte dois, três, quatro... Faz um novinho em folha e deixa pros roteiristas dos Desejos de Matar (eu fico com desejos que morram logo), cabeças Duras de morrer que não conseguem ver nada que não seja bilheteria.
Mr. Excelência provou que em qualquer gênero, quem nasceu para Woody vai sempre Allen, ops, vai sempre além de toda e qualquer expectativa. Um filme filosófico, um filme bonito, um filme novíssimo a moda antiga, um filme inspiradíssimo do piradíssimo sabe-tudo Mr.Woody Allen.
De acordo com a idéia central do filme o que me faltou foi sorte! Sim! Total falta de sorte em não ter nascido uma Mia Farrow e não ser “A Rosa Púrpura do Cairo”.
Eu amo esse cara e PONTO FINAL.
Em tempo: Tem uma transa na chuva que vale um novo Oscar.
Oscar Tesão 2006!
Rosa Pena
Não sou crítica, nem comentarista de cinema. Sou apenas viciada, vício herdado de meu pai. Cresci querendo fazer cinema e até já me arrisquei entre amigos. Tento na Net através de imagem e som dar um ar de fita aos meus escritos. "Almodovar" meus textos!!!! Que pretensão! Não vou muito longe, aliás pelo contrário, os "intelectuais" de plantão consideram inaceitável sonorizar literatura. Outro dia mesmo dei meu grito de protesto:
- Tira o som se não gosta!
Match Point o último filme de Woody Allen tem como trilha sonora ópera, no lugar do jazz que Allen geralmente nos brinda, aliás ele todo é sempre um brinde. Tampem os ouvidos os que não apreciam, pois o roteiro desse filme é literatura profunda, é meditação, é filosofia ao som de ópera. Partiu da premissa grega pré-socrática, das tragédias. Referiu-se à Sófocles: a nossa vida é tragédia. Quem retoma o tema posteriormente é Nietzche e agora ele de forma maravilhosamente contemporânea.
O cenário não é Nova York como é costume do Woody, que por sinal nos extasia. Manhattan é ele ou ele é Manhattan? Ele? É o próprio êxtase na escrita, na interpretação, no trompete, na neurose, na lúcida loucura!
Ponto final é passado em Londres e tem o cheiro maravilhoso de Shakespeare. O roteiro partiu para o drama, talvez como conseqüência da anterior reflexão de Allen em Melinda & Melinda onde ele avalia drama e comédia. Allen andou sendo crucificado pela crítica que cismou em ficar parada em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" esperando talvez a parte dois. Noivo gay, noiva sapata? Woody é muito gênio pra fazer qualquer seqüência, parte dois, três, quatro... Faz um novinho em folha e deixa pros roteiristas dos Desejos de Matar (eu fico com desejos que morram logo), cabeças Duras de morrer que não conseguem ver nada que não seja bilheteria.
Mr. Excelência provou que em qualquer gênero, quem nasceu para Woody vai sempre Allen, ops, vai sempre além de toda e qualquer expectativa. Um filme filosófico, um filme bonito, um filme novíssimo a moda antiga, um filme inspiradíssimo do piradíssimo sabe-tudo Mr.Woody Allen.
De acordo com a idéia central do filme o que me faltou foi sorte! Sim! Total falta de sorte em não ter nascido uma Mia Farrow e não ser “A Rosa Púrpura do Cairo”.
Eu amo esse cara e PONTO FINAL.
Em tempo: Tem uma transa na chuva que vale um novo Oscar.
Oscar Tesão 2006!