Zero a zero
Um turbilhão de pensamentos misturados. Sentimentos embaraçados em questões que ela ainda não tinha respostas. Por quê? De repente parecia que tudo ia se acertar e finalmente entrar nos eixos. E aí, para bagunçar o coreto, as dúvidas surgiram e confundiram tudo?
A palavra certa não era dúvida, talvez insegurança...
Foram meses de convivência que permitiram aproximação e conhecimento. Interesse mútuo das duas partes. Mas, após aquele encontro no Vino Bistrô ela resolveu que o melhor a fazer era deixar rolar no ritmo dele, afinal, nem todos eram práticos e objetivos como ela. Também pensou que viver aquele cortejo de forma diferente de tantas outras experiências seria algo novo.
Passaram dias, meses... Até que surgiu um convite para sair e, no escurinho do cinema (sem dropes de anis!), o clima mudou e a aproximação deixou clara uma abertura para uma série de beijos deliciosos. Foi uma demonstração clara e explicita de que a atração e o interesse era uma recíproca verdadeira.
Dias depois, algumas cartas foram expostas à mesa. E as dúvidas chegaram e abalaram as estruturas de um sonho. Ou seria de um castelinho de cartas de baralho?
Será que ela estava disposta a repetir uma ação de adolescente e namorar escondido?
Será que, na verdade ela era inconstante e poderia mudar seus sonhos de uma hora para outra, só para não perder o homem maduro que pensava ser a pessoa certa?
Pensativa ela se questionava se teriam o direito de se envolver um com o outro e no final das contas ficarem sem marcar gol.
O que era melhor: ficar no 0 x 0 ou zebra?