Clonarias algum político?

Recentemente o mundo pôde saber a respeito da história de um cão da raça pitbull que, em um ato de heróica selvageria, salvou sua dona. Trata-se aqui do cão Booger que salvou a norte-americana Bernann Mc Kinney de um ataque sofrido por um outro cão. Mas seu cão de estimação era mortal. Morreu de câncer em 2006. Ela, ousadamente, retirou-lhe um pedaço de orelha e a congelou. Representava para ela nobres interesses.

Agora, em 2008, uma empresa sul-coreana instalada na capital Seul, pela bagatela de 150 mil dólares, clonou o finado cão Booger que resultou em seis novas e saudáveis crias, todas de cor negra. Foram usados a clonagem de células da orelha do pitbull já famoso e o útero de uma cadela de aluguel. Ainda por cima a dona só necessitou pagar 50 mil dólares pela operação científica de reprodução por clonagem, haja vista ter sido ela a primeira cliente da empresa sul-coreana conhecida pelo nome RNC Bis. O restante do dinheiro ficou acordado, que será usado em propagandas.

Estamos em período eleitoral e temos visto uma avalanche de impugnações de candidaturas. Permanecem, ainda, alguns (muitos) candidatos que mal sabem escrever o nome e ler gaguejando pouca coisa. É uma vergonha! Na maioria das vezes dá para entender claramente que a única ou maior motivação dos candidatos com o pleito é pessoal e impublicável. Querem mesmo é se arranjar com a subtração indevida dos reais do erário.

Não está certo, sabe-se disso, mas não há muito mais a fazer-se do que a justiça tem feito. E olhem que o pleito de 2008, até agora, é, ao meu ver, um dos mais enxutos que estamos tendo. O Judiciário está iniciando bem a fazer a sua parte. A população está fazendo bem mais do que devia: ainda encobre mazelas engendradas por vários políticos e chega até a vender seu voto.

Velhas desavenças políticas, a mesmice dos pleitos passados, o início de um recomeço imposto pelo clamor social, tudo isso tem motivado o barco a andar; a lei tem sido um vento forte e norteador dos trabalhos. Mas há ainda muito o que ser feito.

A coisa miúda ainda continua a encher o varejo politiqueiro de velhos coronéis. Os currais eleitorais, ninguém se engane, continuam, além de resfolegados. O dinheiro será a moeda usada para se comprarem votos na véspera e no dia do pleito em outubro. A polícia, creio eu, deverá ter uma trabalheira danada apara coibir as crônicas safadezas do passado que, mesmo arrastadas, chegaram até hoje e por cima de pau e de pedra, apesar da ação mais efetiva dos policiais e do Judiciário. O que tem de candidato juntando pratas para agir no dia “D”, não é pouco.

E você, caro eleitor do século XXI, teria em mente algum político exemplar, vivo ou morto que, a exemplo daquela americana que mandou clonar seu cão de estimação, se pudesse, também clonaria? Eu estou de olho ardendo e a memória cansada e juro que não encontrei nenhum referencial. Passei de Caxias aos atuais. Nenhum me apeteceu. A carência é grande. A demanda alta. O pais que continua, não sei se propositalmente, a não se interessar pela escolarização especial dos nossos políticos que não têm mostrado interesse sequer pelo nosso idioma quanto mais pelo resto, poderá ter tempos piores. Eu não clonaria ninguém mesmo!