"Casquinhas de siri
1 kg de carne de siri; 8 tomates inteiros sem pele picados; 10 pães franceses torrados sem as cascas e ralados; caldo de 1 limão grande; 100 gr de queijo ralado; 1 cebola grande picada; 1/2 xícara(chá) de cheiro verde picado; 1 colher(chá) de coentro seco; 1 colher(chá) de manjerona seca; 1 colher(chá) de páprica doce; 1 colher(chá) de açúcar; 1 colher(chá) de ajinomoto; 1 vidro de leite de coco; sal e pimenta a gosto.
Modo de fazer:
Refogue a cebola no azeite, em seguida acrescente os tomates e refogue.
Coloque cheiro verde e o açúcar para tirar a acidez do tomate.
Após refogado, deixe esfriar um pouco e bata tudo no liquidificador com 1 copo de água.
Coloque o refogado batido em uma panela, acrescente todos os temperos e a carne de siri. Deixe reforgar por 1/2 hora.
Junte a farinha do miolo de pão torrado e o caldo de limão. Deixe cozinhar por mais 10 minutos mexendo de vez em quando e observando para que não fique seco.
Se isso for acontecendo, acrescente um pouco de água e vá acertando o ponto dos temperos.
Por último, coloque o leite de coco e deixe cozinhar por mais 5 minutos regando mais azeite.Experimente para sentir os temperos e acerte ao seu gosto.
Coloque em conchas de ostras, cubra-as com queijo ralado e leve-as ao forno para gratinar.
Sirva quente, com fatias de limão para regar."
Se estivéssemos no final dos anos 60 e na década de 70, uma receita como essa poderia muito bem estar na 1a. página da Folha de São Paulo ou do Estadão.
Indicava que a mão pesada da censura tinha vetado a publicação do principal assunto do dia. Era uma forma que os editores da grande imprensa encontravam de dizer aos leitores que a "barra" estava pesada.
Outros conseguiam driblar a censura usando a pura inteligência. O Chico Buarque, por exemplo, que tinha todas as suas músicas censuradas só pelo fato de ser o Chico, inventou de inventar um tal "Julinho da Adelaide" e fez com que passassem algumas composições pegando no pé dos militares e assinadas por esse personagem fictício.
Em "Acorda amor", por exemplo, ele dava bem o clima da época num bilhete deixado para a mulher amada:
"... Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer..."
Com "Jorge Maravilha" o Julinho encontrou um jeito de dar um recado para o Presidente Geisel, cuja filha Amalia Lucy era "amarrada" no Chico, como são até hoje as mulheres de mais de "enta" e algumas outras também:
"... Você não gosta de mim, mas sua filha gosta... "Pronto, a carreira do Julinho da Adelaide acabou aí.
Qualquer dia desses eu conto mais sobre os anos em que vivemos em perigo (e por incrível que pareça, não me refiro aos atuais).
Ah, quase ia me esquecendo: a receita aí de cima é da Lucia e garanto que fica deliciosa. Como doutora das leis, ela raramente tira a toga mas quando o faz, sai de baixo...
1 kg de carne de siri; 8 tomates inteiros sem pele picados; 10 pães franceses torrados sem as cascas e ralados; caldo de 1 limão grande; 100 gr de queijo ralado; 1 cebola grande picada; 1/2 xícara(chá) de cheiro verde picado; 1 colher(chá) de coentro seco; 1 colher(chá) de manjerona seca; 1 colher(chá) de páprica doce; 1 colher(chá) de açúcar; 1 colher(chá) de ajinomoto; 1 vidro de leite de coco; sal e pimenta a gosto.
Modo de fazer:
Refogue a cebola no azeite, em seguida acrescente os tomates e refogue.
Coloque cheiro verde e o açúcar para tirar a acidez do tomate.
Após refogado, deixe esfriar um pouco e bata tudo no liquidificador com 1 copo de água.
Coloque o refogado batido em uma panela, acrescente todos os temperos e a carne de siri. Deixe reforgar por 1/2 hora.
Junte a farinha do miolo de pão torrado e o caldo de limão. Deixe cozinhar por mais 10 minutos mexendo de vez em quando e observando para que não fique seco.
Se isso for acontecendo, acrescente um pouco de água e vá acertando o ponto dos temperos.
Por último, coloque o leite de coco e deixe cozinhar por mais 5 minutos regando mais azeite.Experimente para sentir os temperos e acerte ao seu gosto.
Coloque em conchas de ostras, cubra-as com queijo ralado e leve-as ao forno para gratinar.
Sirva quente, com fatias de limão para regar."
Se estivéssemos no final dos anos 60 e na década de 70, uma receita como essa poderia muito bem estar na 1a. página da Folha de São Paulo ou do Estadão.
Indicava que a mão pesada da censura tinha vetado a publicação do principal assunto do dia. Era uma forma que os editores da grande imprensa encontravam de dizer aos leitores que a "barra" estava pesada.
Outros conseguiam driblar a censura usando a pura inteligência. O Chico Buarque, por exemplo, que tinha todas as suas músicas censuradas só pelo fato de ser o Chico, inventou de inventar um tal "Julinho da Adelaide" e fez com que passassem algumas composições pegando no pé dos militares e assinadas por esse personagem fictício.
Em "Acorda amor", por exemplo, ele dava bem o clima da época num bilhete deixado para a mulher amada:
"... Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer..."
Com "Jorge Maravilha" o Julinho encontrou um jeito de dar um recado para o Presidente Geisel, cuja filha Amalia Lucy era "amarrada" no Chico, como são até hoje as mulheres de mais de "enta" e algumas outras também:
"... Você não gosta de mim, mas sua filha gosta... "Pronto, a carreira do Julinho da Adelaide acabou aí.
Qualquer dia desses eu conto mais sobre os anos em que vivemos em perigo (e por incrível que pareça, não me refiro aos atuais).
Ah, quase ia me esquecendo: a receita aí de cima é da Lucia e garanto que fica deliciosa. Como doutora das leis, ela raramente tira a toga mas quando o faz, sai de baixo...