Destilada

Com aquela sua cara de sempre, com aquele seu gosto por coisas que quase ninguém vê...mais uma vez ela se lança na noite, se lança no abismo dos seus impulsos e desse seu jeito de vida exótico.

Alguns na verdade, possuem inveja desse seu jeito despojado e que fala pelos cotovelos, fala o que quer, a quem quer, sem pensar, sem refletir.Brinca com as palavras e com as pessoas que as escutam.

Mas na verdade, ela mesma, não gosta de ser ela mesma, ela vive sempre buscando um reforma, uma bebida forte que destile seu sangue e a faça esquecer a sua grande crise interior.

Procura noites de rock and roll...idealiza os seus ídolos e procura em rostos estranhos vestígios do que ela deseja tanto viver.A realidade é sem graça.

A noite nunca proporciona o que ela quer, a bebida sempre é em excesso e a boca sempre fala mais do que devia falar. Isso é o reflexo da desilusão que sofre.

Na verdade, quer casa de porta de janela, um cachorro e o sossego das brisas de verão...

Procura no caos, a sua paz!