Reverência ao Destino não é de Carlos Drummond de Andrade

Caros leitores

Hoje irei contar a respeito de um episódio que ocorreu recentemente, para quem ainda não tem ciência costumo revisar pps (slides com a apresentação do programa power point), pois bem existe um texto que vem sendo repassado pela mídia de nome: “Reverência ao Destino” este não se encontra em nenhuma das obras de Carlos Drummond de Andrade, (porque obviamente não foi ele quem o escreveu), veja bem não estou aqui para julgar o texto, mas para esclarecer a verdade não sei quem o escreveu, como também não faço idéia de quem tenha adicionado os versos de uma das poesias de Drummond que se intitula ETERNO [1]:

Excerto (...) eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo/ mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata (...) do livro Fazendeiro do Ar de Carlos Drummond de Andrade.

Somente sei dizer que suponho que a atribuição tenha ocorrido porque às vezes vejo textos sendo repassados junto as letras de Drummond e toda a mensagem é lida como se tivesse sido escrito por ele.
 
Pois bem, há alguns meses um pps foi revisado, este apresenta uma série de Máscaras de Veneza, logo no início editaram o poema de título: Máscara que na realidade também não foi escrito por Drummond, mas é da autoria de Dante Milano, em seguida apresentaram o referido texto Reverência ao destino, que diga-se de passagem vem sendo divulgado no youtube como sendo de Drummond e aqui repito para que fique bem claro nas mentes: não é de Carlos Drummond de Andrade, toda poesia e prosa do autor está nas suas Antologias Poéticas e este não consta em seu acervo. 

Ontem (05.08.08), o pps que eu tinha revisado especificando que o corpo principal do texto (Reverência ao destino, não contem as  letras de Drummond) não estava mais no local que venho fazendo as edições... provavelmente para confundir mais ainda o leitor, inseriram o poema Máscara [2] dando a entender que eu estava fortalecendo a atribuição equivocada a Drummond, numa ação de má fé pois ao abri-lo “logo de cara” tinha o poema [2] com a autoria trocada e na sequência o texto de origem apócrifa.

Fora este fato, eu havia editado um pps de nome “Brazil” e ao invés do pps que montei, não o encontrei pois este tinha sido trocado, com certeza devido a ação de algum cracker.

Apareceu um pps com o fundo musical da marchinha de carnaval “mamãe eu quero” e fotos que eu não havia escolhido; costumo prestar muita atenção nas sequências de fotos e observar as suas ligações (como se estivesse lendo uma história em quadrinhos).

AVISO para quem "plantou" este pps “Brazil” no meu espaço do esnips, este não se encontra mais por lá... foi retirado pois não tem nada a ver com a minha proposta.

Por aqui não existe ninguém “descendo do morro” indo parar nas praias do Rio de Janeiro para se “desnudar” e distribuir melancias, bananas e abacaxis, a procura de algum golpe do baú até parar numa igreja como a da Candelária, logo após ter entrado em contato com algum rito espiritualista de origem africana (esta é a mensagem subliminar que para mim ficou gravada naquele pps que não fui eu que montei). Deixando por aqui bem claro: não tenho nada contra quem possivelmente aja desta maneira, cada um é dono das próprias atitudes e cada um é cada um, entretanto tais movimentos não fazem parte da minha forma de pensar, agir como não tem nada a ver com a minha proposta de divulgação de trabalhos que envolvam a Arte. 

O que restou...?!
 
Apreciei muito a frase que estava no final daquele pps “Brazil” que com certeza  também foi “plantado no meu s(a)ite”, e tomei a liberdade de montar no pps com uma série de imagens por mim escolhida, nomeando-o de: “Brazil meu Brasil”

Agradeço a atenção de quem porventura chegou ao final destas linhas fazendo uso da mesma frase recolhida daquele pps que tinha sido colocado no meu espaço sem permissão e foi retirado e trocado:

“Il n’existe pas de meilleur miroir qui remplace un sincère ami.”  
Tradução: “Não existe melhor espelho que substitua um amigo sincero.”

Rosangela_Aliberti
São Paulo, 05.IX.08

CONCLUSÃO: REVERÊNCIA AO DESTINO
 
NÃO CONSTA NOS LIVROS:
Carlos Drummond de Andrade
Poesia Completa, RJ: 2007 Editora Nova Aguilar
Carlos Drummond de Andrade
Prosa Seleta, RJ: 2003 Editora Nova Aguilar
 
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
 
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
 
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
 
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.
 
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
 
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
 
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
 
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
 
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
 
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
 
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
 
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
 
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.
 
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
 
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.
 
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
 
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.
 
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
 
..................................

Nota: Poemas completos [1- 2] aqui: http://www.rosangelaliberti.recantodasletras.com.br/blog.php?idb=13571

pps “Brazil meu Brasil”: http://www.esnips.com/doc/e837f42d-c3ea-4abc-9a0c-e68359ea06a3/Brazil-meu-Brasil

Máscaras não é de Drummond 
http://www.esnips.com/doc/f7816dd7-56bb-45c7-b404-9289b62c57cb/MÁSCARAS-não-é-de-Drummond

foto de CDA 
de origem desconhecida