PROCURANDO A FONTE DE ONDE SAI A VIDA
Olho a vida jorrando, fluindo em bicho. É tanta vida surgindo, de que fonte vai saindo? Se há fonte, haverá limite? Não pode ter limite, pois muitos são os bichos; e bicho também é gente, e ser gente é infinito.
Você já olhou para as faces desse povo? Já se perguntou de onde vem tanta gente? De onde vêm tantos rostos e como todos são diferentes?
Oh, Mar de gente, em que ninguém tem a cara da gente!
Oh, Oceano de bichos, onde há bicho de todo tipo!
Gente que não parece com a gente, pois não pensamos igualmente, e até gêmeos é bicho diferente.
Bicho que permanece bicho, bicho que vai mudando, evoluindo, e se tornando outro bicho.
Mas não me interessa os bichos, nem me importa os homens; o que busco é o segredo dessa fonte; compreender não apenas como a água jorra dessa fonte, mas a própria fluente fonte... mas eu sei!
Sim, eu sei, que não é possível compreender essa fonte, pois a minha mente é formiga, a fonte é elefante.
Sim, eu sei, que não é possível entender essa fonte, minha mente é anã, a fonte é gigante.
Paradoxo sem fim, é buscar compreender algo que não pode ser entendido, e ainda assim continuar fazendo isso.
Sim, eu sei, o homem tem fome de céu, mesmo não tendo asas; quer descortinar o véu, tem fogo na calda, e fome de voar, mesmo com os pés no chão.
Vai ver é coisa da evolução, que deve ter os seus planos, de ver um dia, o homem virando outro bicho, um bicho chamado anjo.
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