"Amor" Virtual
Subjetivo. Para mim, essa é palavra que melhor o define.
Vejo pessoas “maduras” (a ponto de cair do galho, rss)
Vivendo uma espécie de “vida virtual” onde amizade,
namoros e planos não passam de fantasias. Não as julgo,
(como poderia?) Me pergunto é se tem noção de que vivem
uma fantasia, com pouquíssimas chances de tornar-se real.
Viver um romance virtual pode ser muito mais fácil e cômodo
que "ao vivo." Imaginem um “relacionamento” onde se estou
ocupada ou chateada posso apenas ficar “off.” o dia todo,
ou bloquear o outro. Isso evita o desgaste natural,
adia decisões e rompimentos.
Fácil, mas não tanto quanto parece...
Acho tudo lindo e maravilhoso, se você tem vinte anos
e a vida toda pela frente. Mas não é o que vejo nos chats.
O que vejo são pessoas adultas, vestindo personagens
(os mais mirabolantes) fingindo viver um grande amor,
seduzindo e sendo seduzidos pela fantasia do parceiro
perfeito e idealizado. Alguém que surge do nada,
e fará de nós os seres mais felizes da terra.
Sabe-se que isso não existe. (Infelizmente)
Que ninguém pode "nos fazer feliz ou infeliz"
isso depende de nós mesmos.
O outro pode no máximo proporcionar,
ou compartilhar conosco, momentos felizes.
A felicidade em si é um conceito muito abrangente para ser
resumido numa “janelinha” do MSN, com algumas “tecladas”,
e-mails e arquivos carinhosos. Que felicidade é essa,afinal?
Que namoro é esse, onde o “grande amor da sua vida” pode
até morrer e você só saberá dali a alguns dias, talvez nunca?
Onde a única “noticia” pode ser um ícone eternamente “off.”???
Há algo muito errado, se alguém diz te amar, mas não manifesta a menor intenção de te ver pessoalmente, ou não dá um simples telefonema.
Mas isso não percebemos, vemos até certo encanto no mistério... (Por sinal, nada misterioso)
Porque nos contentamos com tão pouco?
Que absurda carência será essa, que nos leva a aceitar tanta coisa??? Responder seria ousadia minha, mesmo porque cada um sabe de si, não sou psicóloga, apenas me faço essas perguntas.
Acho que se procuramos mesmo um relacionamento, a NET pode ser “Um Dos Caminhos”, não o principal.
A menos que se queira viver indefinidamente, um romance onde emoções são traduzidas por emoticons chorando,
um coração saltitante, um beijo que pisca etc.
Que tipo de paixão é essa, onde tudo, "absolutamente tudo"
precisa ser dito pelo áudio ou digitado?
Sei que quando se está vivendo, acha-se muito excitante
e não se percebe o quanto de frustração está envolvido.
E não é para menos que nos sintamos frustrados!
Somos seres humanos, não programas de PC.!
E seres humanos precisam do toque, do cheiro, do gosto da boca, do calor da pele. Não há como substituir isso por emoticons, por mais expressivos que sejam.
Pode ser bom e divertido. Pode amenizar a solidão, colorir nossos dias, com certeza. Mas não preenche totalmente a necessidade de afeto, inerente ao ser humano.
Se não “evolui” para a realidade, gera frustração mesmo.
Chega uma hora em que nos perguntamos:
É isso que eu quero da vida? “Só isso?”
Acho que se pode “começar” um romance na NET, jamais
perpetuá-lo na fantasia. (Até pode-se, mas é uma decisão dolorosa, para a maioria dos mortais) Se tudo que se procura é diversão ou “alivio para a ansiedade”
Muito mais fácil e menos desgastante são as opções de sex shop. Homens e mulheres infláveis, e afins, porque não???
Pelo menos não há cobrança!
(que nada mais é que insatisfação reprimida)
Não há expectativas, não envolve sentimentos, ninguém se machuca.
O sentimento em sí muitas vezes é sincero, nada tem de virtual. A situação sim...
Relacionamentos que evoluem, (ou não) pessoas com qualidades e defeitos, que brigam e fazem as pazes,
que adoecem, ficam de mau humor, acordam feias ou com dor
de dente, continuam sendo "a melhor coisa desse mundo."
Pelo menos para mim.
Sinto se fui desagradável, não foi a intenção.
São apenas questionamentos que me faço.
É a Minha Opinião.