Invasão

Cada século tem seu invasor, cada país tem seu opressor, cada período tem na sua história contada e narrada de anos passados a anos vindouros, um momento onde seres “alienígenas” tomam parte de um pedaço que será num futuro, o todo de uma parte. A invasão ela se da de diversas formas, umas são noticiadas, outras acontecem silenciosamente na calada do dia-a-dia, e existem aquelas que acontecem à frente de todos, de forma bem divulgada, destruindo princípios, formas, culturas, mas não são percebidas, não são detectadas aos olhos de uma grande maioria, e cito aqui a “invasão dos celulares”, como infiltrantes em um tabuleiro de xadrez, tocam no âmago da essência das vontades de todas as classes sociais, vão através do seu poder vibrador de persuadir as origens, necessidades e vontades de toda uma geração, e ai deixam de ser uma simples modernidade de uso transformando-se em “armas químicas”, pois o seu toque ao entrar em ação é letal, não escapa um sequer. Exemplo disso podemos ver o contato do exterior com o interior: nas escolas, nos presídios, nas salas de concursos, dentro também de salas de cirurgias, veículos do cotidiano onde a comunicação com o ralar obsoleto e stressante do trânsito, deixam seus passageiros a mercê do invasor do século XXI, até aquele gari em cima do carro de lixo, a qual me inspirou a teclar estas letras. De toda esta imposição avassaladora, muito se tira de uma nova cultura, mas como todo invasor, deixa também marcas, feridas na construção dos seus passos. Que será de nós com esta nova “ordem” marchando a passos largos em direção aos séculos XXII, XXIII... Será possível frear de alguma forma esta invasão?

Junior “um sonhador”

Onofre Junior
Enviado por Onofre Junior em 03/09/2008
Código do texto: T1159246
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