Madrugada
Madrugada gélida, típica de inverno.
Eu embalada em constante vigília.
Abraçada à solidão e ao silêncio que grita, ecoa em mim.
Dispersa de todos que insistem em dormir enquanto escrevo.
Por instantes, desejo sentir o cálido e macio do edredon que repousa na cama.
Mas tenho medo.
O sono engole palavras, idéias.
E minha urgência pode adormecer mais uma vez.
Então, ao despertar, pode ser que tudo esteja guardado.
Abrirei os olhos, levantarei com pressa, constatando meu atraso.
Percorrerei a casa cumprindo toda minha rotina.
E sairei para o trabalho.