Vantagens & Esperteza

(Najah ÐL®)

O ser humano está sempre à cata de vantagens, facilidades e demais "ades". Qual de nós não gostaria de um cartão corporativo sem ônus e nem encrenca?

Também gostaríamos da imortalidade e, de preferência, imortalidade em carne e osso, nada de ser imortal através de filhos, livros e obras. Alguns podem até dizer que bastaria serem lembrados pelo mosquito-do-cocô-do-cavalo-do-bandido-que-é-primo-do-dono-do-bar-que-conhece-o-mocinho, mas sabemos que gostaríamos de bem mais.

Levar vantagens é desejo inerente do ser humano e mais ainda do povo brasileiro; papo de Gerson e de jacaré que acaba sempre em Lei de Murphy, mas e daí? Continuamos sonhando e tentando o velho jeitinho. Mas cá pra nós: ter um Presidente "disposto" é uma coisa, ter um filho que ralou na faculdade e não encontra um trabalho de acordo, é outra. Trabalhar a meia-boca é uma coisa e ter o CPF no Serasa é outra. Andar na contramão é morte ou ponto na carteira e "lavar" mão de esperto é necessidade, mas em se tratando de vantagens e esperteza, tem gente que aquilatou milhões e continua. Pena que para o povo tupiniquim brasilian's, a verdade seja sempre crua, já que o gás está caro.

Quando a Internet surgiu, senti que estava sendo criada a droga mais viciante de todos os tempos. Ela superaria a cocaína, o LSD, a heroína e qualquer outra droga conhecida até então, porque esta é injetada diretamente no cérebro. De fato.

"Apesar de cerca de 3 milhões de computadores serem vendidos a cada ano na China, as pessoas não pagam pelo software. Algum dia eles pagarão, no entanto. Já que eles vão roubá-lo, nós queremos que eles roubem o nosso. Eles se tornarão como que viciados, e então, de alguma forma, nós descobriremos como cobrar por ele em algum momento da próxima década."

(Bill Gates, em 20 de Julho de 1998)

Levar vantagem é uma coisa, ser esperto é bem diferente. Não é mesmo, Bill?