Política e Religião
Tenho observado (e certamente o leitor também) que religião e política são assuntos postos de lado por grande parte das pessoas para não “melar” a relação.
No processo que vai do primeiro contato (a apresentação) e evolui na velocidade do interesse mútuo, aparecem na mente todas as informações que temos para subsidiar as avaliações que fazemos daquela pessoa, de modo a gerar um perfil para o nosso “arquivo”.
Evidentemente eu não sou especialista no assunto, apenas o entendo assim. É nesse processo que alguns desses subsídios trazem elementos dos assuntos em questão. Elementos para os quais, eventualmente, já temos opinião formada e um perfil já quase traçado para a nova amizade. Principalmente nos casos de querermos mantê-la, evitamos polêmicas que lancem um matiz que venha a estigmatizar as referências que montamos sobre o “pobre” amigo.
Há outro contingente de pessoas que, ao contrário, já começam “batendo forte” e se lançam nos belicosos assuntos com as suas novas amizades. Claro que quando um é de uma corrente e o outro da outra, não dá diálogo.
O fato é que essas idéias tendem a se cristalizarem nas cabeças da gente nos induzindo definir uma linha em relação a esses dois assuntos. Religião: criacionismo versus evolucionismo. Inconciliáveis! Política ideológica: direita ou esquerda, (em detrimento do conceito de esquerda ter sofrido algumas mudanças). Os desmembramentos e distribuições filosóficas nos quais se penetra ao se mergulhar nesses assuntos, geram um turbilhão de fontes a serem citadas, réplicas e tréplicas intermináveis... Quando alguém não consegue persuadir seu interlocutor...
Agora mesmo, quem está lendo pode achar que uma de cada, das correntes de pensamento sobre os assuntos, lhe é tão clara que sequer deveria ser escrito isso que escrevi, já que esta clareza dispensa que se levante a questão. Paciência...