Cearês e Bangu 8
Por causa de reportagem de tv me rebolei na filosofação. A referida mostrou uma ruma de vagabundo rico, preso, comendo caviar e biscoito fino, cagando e andando pro nascer quadrado do sol carioca; ou seria sol brasileiro?
Uma caravana de carrões de luxo a entrar e sair das grades do presídio dos endinheirados; dinheiro ganhado sabe-se lá como, segundo à tal cuja dona justiça.
Mas, se o dinheiro não é apreendido, que crime cometeram seus donos? Soltem os ricos, invejosos!
Haveria uma recôndita elite egocêntrica – culta e pobre – viciada em odores caros e restos de comida fina e que, apenas para usufruir disso – raspas e restos – manteria encarcerados os milionários?
Teriam os perfumados cantarolado em unissonância os versos de Belchior: “... milionário e socialista... De carrão chego mais rápido à revolução...?
Bango, banguelê, Bangu 8: sairá dali a nova ordem nacional?
Nada sério. É só pra cearensar...