Camila.
"A gente não faz amigos, reconhece-os."
A distância não separa amizade verdadeira. Apesar de termos nos afastado por causa dos estudos, tenho um carinho enorme por você, e agradeço por ter acreditado em mim e ter mostrado que eu posso ser uma pessoa confiante.
Há alguns anos atrás [exatamente 9 anos], eu era uma pessoa extremamente tímida e insegura o suficiente para deduzir que os meus colegas se aproximavam de mim por interesse. Na sexta série conheci Camila, ela veio morar em minha cidade e passou a ser a minha melhor amiga. Ela era [naquele momento] diferente dos outros, pelo simples fato de não fazer brincadeiras sem graça e isso me aproximou dela. Uma amizade pura, sem segundas intenções.
Não éramos de sair juntas, mas os momentos no colégio foram o suficiente para eu construir autoconfiança. Camila era completamente diferente de mim, era extrovertida, sociável. Enquanto eu preferia ficar sentada no pátio, ela tentava ser receptiva com todos.
Recordo-me de um trabalho de Literatura, uma apresentação sobre a cultura chinesa, esse foi o primeiro passo [não perceptível] para eu tentar ser sociável [risos!] . Imaginem vocês que eu [negra] com o rosto todo pintando de tinta branca para apresentação no pátio do colégio. Caso isso acontecesse no ano anterior eu tiraria zero, porque eu, em hipótese alguma faria isso. Depois tivemos uma apresentação de Educação Artística que fora apresentado ao colégio [ela era portuguesa e eu escrava]. E depois desses vieram outros e outros.
Bom, o que eu realmente quero expressar é que nós temos o direito de encontrar “Camilas” em nossas vidas. Pessoas que nos estimule a melhorar a cada dia, a viver intensamente, que nos diga “seja você sempre, independente da opinião alheia”. E graças a Camila, pude encontrar outras “Camilas” que fazem parte de minha vida.