Meras comparações
Se são mundos paralelos, isso eu não sei. Só sei que nós
mulheres simples mortais do dia a dia podemos sem sombra de dúvida
nos comparar às belissimas e glamourosas muheres da Oscar Freire ,
que costumam bater pernas nos luxuosos shopings lá existentes e nós
as simples mortais o fazemos na 25 de março com o mesmo charme.
Acho mesmo que levamos uma certa vantagem sobre àquelas
pois elas não precisam fazer certas mágicas que só nós as pobres mortais conseguimos. Como? O que?
Vou dar um exemplo. Nós mulheres comuns com maestria sa-
bemos transformar 2 esmaltes Colorama que custam 5 reais, numa ex-
plosiva cor vibrante de um esmalte chanel custando 90 reais.
Nós as mulheres mortais somos até capazes de mesmo acumulando as várias funções do nosso dia a dia, depos de um can-
sativo dia de trabalho ter ainda mesmo caindo aos pedaços de cansada, trocar o esmalte, aquele da Chanel, rápidamente e sair para
jantar fora depois de deixar as crianças na casa da vovó.
Isso, as glamorosas perdem para nós.
Elas não andam no ônibus lotado, aqueles em que entramos pela porta A, passamos pela catraca B e saimos pela porta C, isso tudo bem organizadinho e claro, viajando de pé amontoadinhas no meio de uma multidão num espaço para 10 pessoas.
Mas mesmo assim não descemos do salto.
Com esforço hercúleo conseguimos passar pela tal catraca
segurando um monte de sacolas.
As glamorosas da Oscar Freire saem em suas limousines abastecidas e cheirosas com suas bolsas de grife e seu Boucheron le-
gitimo.
Mas nesse ponto, não podemos nos queixar. Já se passam nesses onibus das mulheres mortais clipes de show de axé. Affff
Enquanto as glamorosas assistem em seus home- teathers os
últimos recém lançados espetáculos de balett, nós as pobres mortais
vemos a estréia de Agente 86 num vídeo do youtube e babamos com
a Anne Hathway linda num modelito Chanel com aquele casaco branco e as botas pretas com salto vermelho, e por instantes nos sentimos ela no filme.
Considerações e diferenças à parte, nós as mulheres mortais temos uma vida muito mais emocionante e vibrante. Todos os dias
em casa ou na rua achamos fantástico encontrar um tempinho só
nosso para um cafézinho, entre uma coisa e outra,num balcão des-
ses de um bar seja na Oscar Freire ou na 25 de março.
Eu adoro ser uma pobre mortal.