A MULHER QUE ESCREVEU A BÍBLIA
A MULHER QUE ESCREVEU A BÍBLIA
Um livro que está causando polêmica e que virou filme. O autor desta peripécia chama-se Moacyr Scliar e tem a seguinte sinopse. Uma mulher de nosso tempo, empregada de uma loja de louças, submete-se a uma terapia de vidas passadas e conclui que numa encarnação anterior, há três mil anos, foi ela que escreveu a primeira versão da Bíblia. A mulher que escreveu a Bíblia é o relato em primeira pessoa da trajetória fabulosa dessa personagem anônima, filha de um pastor de cabras do deserto, que vai a Jerusalém e torna-se uma das setecentas esposas do rei Salomão.
Por ser a única letrada do harém, o soberano a encarrega de escrever a história do povo judeu, ainda que para isso ela entre em choque com os sisudos escribas oficiais da corte. Unindo erudição, fantasia e humor, Moacyr Scliar brinda o leitor com uma recriação deliciosa da vida cotidiana na Jerusalém do tempo de Salomão, oferecendo novas e irreverentes versões para conhecidos episódios bíblicos. Misto de narrativa de aventura e sátira de costumes, A mulher que escreveu a Bíblia faz parte daquela seleta categoria dos livros que é impossível - parar de ler. Queríamos reafirmar que esta sinopse não é de nossa autoria, mas inserimos nesta matéria para chamar a atenção dos religiosos de plantão, que até o presente momento não se manifestaram a respeito do livro e do filme.
É um assunto complexo que merece um estudo apurado, pois os mais incautos podem perder as estribeiras e soltar o verbo em cima do autor sem ter conhecimento do livro em alusão. Quando chegou ao Brasil o livro das “Crianças Índigos” certos integrantes do Espiritismo fizeram críticas severas à obra em que o grande Divaldo Franco se manifestou em livro também. Senhores críticos do livro epigrafado é hora dos senhores analisarem a veracidade ou não do livro da “A Mulher que escreveu a Bíblia”. Teria sido uma mulher a escrever a Bíblia? Até aí nada de mais, pois as mulheres têm capacidade para escreverem grandes obras.
Nada em contrário. Mesmo sendo um romance na opinião o caso merece estudos. Moacyr Scliar, 63 anos, é médico e escritor. Gaúcho de origem judaica vem produzindo ao longo de sua vida uma obra vasta que vai do romance ao ensaio, traduzida para doze idiomas e adaptada para o cinema, o teatro e a TV. Publicou entre outros a coletânea de contos "A orelha de Van Gogh", ganhadora do prêmio Casa de Las Américas e os romances "Sonhos tropicais" e "A majestade do Xingu", baseados nas vidas de Oswaldo Cruz e Noel Nuttels respectivamente. Para estas qualidades também recebeu o Prêmio Jabuti 2000.
“Ajudada por um ex-historiador que se converteu em “terapeuta de vidas passadas”, uma mulher de hoje descobre que no século X antes de Cristo foi uma das setecentas esposas do rei Salomão - a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever”. Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade - e, em particular, a do povo judeu -, tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso. Com uma linguagem que transita entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão, a anônima redatora conta sua trajetória, desde o tempo em que não passava de uma personagem anônima, filha de um chefe tribal obscuro. Moacyr Scliar recria o cotidiano da corte de Salomão e oferece novas versões de célebres episódios bíblicos.
“Em sua narrativa, repleta de malícia e irreverência, a sátira e a aventura são matizadas pela profunda simpatia do autor pelos excluídos de todas as épocas e lugares”. Meu papel aqui nesta matéria foi para chamar a atenção dos críticos se o livro condiz com a realidade e se realmente os fatos aconteceram como estão narrados. Deixamos a palavras com os senhores para uma melhor análise e observação. Somente Deus tem o poder da razão, da verdade. Sinceramente, não acreditamos, nem desmentimos, pois a verdade não nos pertence. Esperamos que o dono da verdade apareça e faça sua crítica dentro da ética e da razão. Pensem nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIR/CE