CASTRADA

Firmou contrato de aliança assinada. Jurou que o amaria até a morte, e depois do terceiro mês de casamento, o marido doce e sensível transformou-se em monstro violento e por sorte, a princesa escapou de ser eternamente calada.

Nunca saberá o que houve com o seu homem. Antes, tão galante; agora, um crápula que a mantém presa à torre, o dia inteiro encarcerada.

Se não fosse pela sua família, por Deus e pela sociedade, ela buscaria a liberdade que fora entregue a tão cruel consorte.

“Talvez ainda haja uma chance de mudá-lo”, repete a princesa presa em seu calabouço, carregando as marcas no rosto de mais uma agressão mal explicada. Pobre princesa, vive agora no poço, se afogando em lágrimas; distante da vida e da felicidade, castrada.

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