Sobre nada

A não-força da lua minguante e a brusca mudança na direção dos ventos, enchem-me de estranhos desejos. Dou-me inteiro a fruir na vastidão oca do nada e sinto uma vontade(!) de voar... Faço-me rei e declaro nulo todos os paradigmas: todo estabelecido está proibido! Todo o novo está autorizado pelo mero fato de ser novo. Degola-se quem confundir este novo com juventude vazia e estética adorada pela moda fútil.

Agora vou à realidade. Vou inventar enredo para a conclusão do romance sobre a terra sem identidade, sem passado; sem norte? Amei tanto àquela cidade sem literatura, sem rumo... Só tem serras de pedras, vales e montes que sustentam casas simples feito fossem caramujos...

Perdão pelo divagar.