JORNALEIRO A JATO
JORNALEIRO A JATO
Marília L. Paixão
Ontem depois da vitória no vôlei fui ao centro e não hesitei ao vestir uma das minhas bandeiras e claro, desta vez a brasileira. Adivinha se encontrei alguém por lá usando a mesma cor?! Não. ninguém, somente eu com minha alegria brasileira. Por essas e outras que eu uso o que quero quando quero e com o que falam eu não ligo.
Agora vamos falar de quê? Do almoço que eu vou ter que fazer? Do carro que eu vou ter que lavar? Da minha vontade de amar? Da caminhada linda que fiz quase jogando beijos para o vento? Do jornaleiro que tem se atrasado muito com o meu jornal além de jogá-lo por cima da cerca elétrica e acertá-lo bem enrolado em cima do carro?
A folha de são Paulo é um jornal bem farto, tem dias que chega bem pesado. Será que não bastaria ele descer da moto e empurrá-lo por baixo? Talvez descer da moto seja mais trabalhoso que consertar uma cerca caso ela arrebente ou restaurar algum dano no carro. Sem falar no susto que o barulho da queda do jornal provoca.
São pensamentos banais do nosso dia-a-dia. Coisinhas da vida. De tão esperto este jornaleiro que nunca é pontual. Tem variado de meia hora a uma seu horário de entrega e nunca em hora exata talvez para que ele não encontre a dona da casa. Apenas suposições de quem já gritou por ele várias vezes e ele nunca ouviu.
Sem mais minha casa continua linda por causa do meu espírito ensolarado. Como acabei de ler uma crônica da Evelyne falando do mês de agosto e sua fama de má sorte, eu receio mesmo é o mês de novembro. Este agosto tem até sido maravilhoso. Quanto a setembro foi um mês até já escolhido para um dos meus casamentos. Portanto, quando entrar setembro a gente ama, viu Evelyne, e espero que o novembro não seja um mês de pimenta amarga. Bem que ele podia ser delicado como sua crônica e seu jeito de escrever para eu entrar novembro o amando como amo os que escrevem como você.
Quanto ao jornaleiro a jato? O dia que eu encontrar com ele eu falo.