FUTEBOL DAS MENINAS É OURO!
É seu Zé, quem disse que futebol não é coisa pra mulher? Corre, chama o Dunga e manda dar uma espiada no jogo da Marta, da Formiga, daquele bando de mulher que levou a prata porque as meninas não tinham o mesmo condicionamento físico das americanas “hamburguerizadas”... Porque muita gente ainda duvida da competência do futebol jogado pelas “minas”. E que “minas”... Guerreiras, unidas, sem estrelismos bestas. Todas fenomenais e não apenas fenômenos isolados!
É seu moço, já viu o vexame? E logo contra “Los Hermanos”? Com Maradona torcendo e vibrando ao ver aquele timeco, com dois jogadores do Brasil expulsos por causa de agressões desnecessárias. Um futebol sem garra, fora do tom. Com um Ronaldinho Gaúcho sem graça, sem mostrar nada demais. Três a zero, é mole? E o Robinho? Onde estava com as suas pedaladas? E o Pato? Este até podia pagar pela vergonhosa apresentação. Ao menos no apelido!
E as meninas? Uma prata honrosa. Lutando até não ter mais pernas. Orando e Marta perguntando a Deus o que havia feito para merecer aquilo. Aquele único gol na prorrogação, depois de terem dado o sangue contra as americanas, tão objetivas e à espera do cansaço das brasileiras? A goleira era bonita e competente, é vero. Contudo, o resultado foi injusto. Coisa do futebol como gritava Galvão Bueno em seu consolo aos telespectadores entristecidos.
Sim, porque se nesta Olimpíada houve um momento triste, este momento estava nos olhos marejados de Marta, a Rainha do campo; a dona da bola. A mulher nordestina, que se não tem a beleza americanizada das adversárias, tem a beleza absoluta de quem sabe exatamente o quanto custa existir num país feito o Brasil, ponteado por balas perdidas, pedófilos em todo canto, políticos burros e malandros... Tudo escancarado.
Mas a prata – para quem torceu – foi para as americanas. A seleção feminina de futebol é OURO, não em medalha, mas em sua essência. E que os patrocinadores, a partir de agora, voltem os olhos para esta equipe de meninas-estrelas sem estrelismos e sem pagar mico por sair com travestis. Nada contra as “montadas”, mas o que os homens ganham em dinheiro e mostram em comportamento inadequado, as meninas – quase desconhecidas – revelam em dribles espetaculares e uma vontade de chegar ao número um do pódio, porque lá é o lugar delas.
Não deu. Mas restou a lição. Futebol é coisa de equipe, de gente com os sentidos votados para o único objetivo: o gol! Valeu meninas. Pela enormidade de competência demonstrada para o mundo, onde a mulher a cada dia prova ser mais. Ser melhor. Não. As mulheres não querem direitos iguais aos dos homens. Elas querem apenas o Direito... E, aí, seu Zé, futebol virou coisa de mulher.
Texto para o site www.cronicascariocas.com
É seu Zé, quem disse que futebol não é coisa pra mulher? Corre, chama o Dunga e manda dar uma espiada no jogo da Marta, da Formiga, daquele bando de mulher que levou a prata porque as meninas não tinham o mesmo condicionamento físico das americanas “hamburguerizadas”... Porque muita gente ainda duvida da competência do futebol jogado pelas “minas”. E que “minas”... Guerreiras, unidas, sem estrelismos bestas. Todas fenomenais e não apenas fenômenos isolados!
É seu moço, já viu o vexame? E logo contra “Los Hermanos”? Com Maradona torcendo e vibrando ao ver aquele timeco, com dois jogadores do Brasil expulsos por causa de agressões desnecessárias. Um futebol sem garra, fora do tom. Com um Ronaldinho Gaúcho sem graça, sem mostrar nada demais. Três a zero, é mole? E o Robinho? Onde estava com as suas pedaladas? E o Pato? Este até podia pagar pela vergonhosa apresentação. Ao menos no apelido!
E as meninas? Uma prata honrosa. Lutando até não ter mais pernas. Orando e Marta perguntando a Deus o que havia feito para merecer aquilo. Aquele único gol na prorrogação, depois de terem dado o sangue contra as americanas, tão objetivas e à espera do cansaço das brasileiras? A goleira era bonita e competente, é vero. Contudo, o resultado foi injusto. Coisa do futebol como gritava Galvão Bueno em seu consolo aos telespectadores entristecidos.
Sim, porque se nesta Olimpíada houve um momento triste, este momento estava nos olhos marejados de Marta, a Rainha do campo; a dona da bola. A mulher nordestina, que se não tem a beleza americanizada das adversárias, tem a beleza absoluta de quem sabe exatamente o quanto custa existir num país feito o Brasil, ponteado por balas perdidas, pedófilos em todo canto, políticos burros e malandros... Tudo escancarado.
Mas a prata – para quem torceu – foi para as americanas. A seleção feminina de futebol é OURO, não em medalha, mas em sua essência. E que os patrocinadores, a partir de agora, voltem os olhos para esta equipe de meninas-estrelas sem estrelismos e sem pagar mico por sair com travestis. Nada contra as “montadas”, mas o que os homens ganham em dinheiro e mostram em comportamento inadequado, as meninas – quase desconhecidas – revelam em dribles espetaculares e uma vontade de chegar ao número um do pódio, porque lá é o lugar delas.
Não deu. Mas restou a lição. Futebol é coisa de equipe, de gente com os sentidos votados para o único objetivo: o gol! Valeu meninas. Pela enormidade de competência demonstrada para o mundo, onde a mulher a cada dia prova ser mais. Ser melhor. Não. As mulheres não querem direitos iguais aos dos homens. Elas querem apenas o Direito... E, aí, seu Zé, futebol virou coisa de mulher.
Texto para o site www.cronicascariocas.com